Informações partilhadas pelos EUA com a Ucrânia ajudou o país invadido a afundar o cruzador russo Moskva, disseram funcionários norte-americanos à NBC News.
Estas declarações confirmam um papel norte-americano naquele que é talvez o golpe mais pesado e embaraçoso que a Rússia sofreu desde o início da guerra.
O navio transportava uma tripulação de 510 pessoas e afundou-se a 14 de abril, após ter sido atingido por dois mísseis ucranianos antinavio Neptune, afirmaram as autoridades norte-americanas. Moscovo disse que o navio se afundou após um incêndio. O Moskva era o maior navio de guerra russo.
Os oficiais americanos dizem que houve baixas russas significativas, mas não sabem quantas.
O ataque aconteceu depois de as forças ucranianas terem questionado os americanos sobre um navio que navegava no Mar Negro a sul de Odessa, disseram as autoridades americanas à NBC News. Os EUA identificaram-no como sendo o Moskva e ajudaram a confirmar a sua localização.
Os EUA, frisam as fontes, não sabiam antecipadamente que a Ucrânia iria atacar o Moskva e não estiveram envolvidos na decisão de atacar.
Mas esta não é a primeira vez que o papel dos Estados Unidos na guerra é notado. O jornal norte-americano New York Times noticiou esta quinta-feira que as informações fornecidas pelos serviços secretos dos Estados Unidos aos militares ucranianos levaram à morte de vários generais russos perto da linha da frente.
O diário, que citou fontes não identificadas dos serviços secretos norte-americanos, escreveu, na quarta-feira, que as informações incluíram "determinar a localização e outros detalhes do quartel-general móvel do exército russo, que se desloca regularmente".
De acordo com responsáveis, esta informação, combinada com a dos ucranianos e, em particular a interceção de comunicações, permitiu a estes últimos efetuar ataques de artilharia contra altas patentes russas.
O jornal indicou que as fontes não quiseram avançar um número. Contactado pela agência de notícias France-Presse (AFP), o Pentágono não respondeu imediatamente.
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