Na primeira conversa que mantiveram desde que Emmanuel Macron foi reeleito para a Presidência francesa, a 24 de abril, Boris Johnson felicitou-o e ambos se mostraram de acordo em trabalhar em conjunto para "enfrentar problemas comuns, como o custo de vida, ameaças de Estados autocráticos e a segurança energética global", indicou uma porta-voz de Downing Street em comunicado.
Os dois líderes acordaram também aumentar a coordenação para aplicar sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia, bem como para melhorar o apoio económico a Kiev.
Durante a conversa com Macron, Johnson mostrou-se contra "qualquer negociação com os russos em termos que atribuam credibilidade à falsa narrativa do Kremlin sobre a invasão", disse a sua porta-voz.
Os dirigentes partilharam a sua preocupação com a subida dos preços da energia e da alimentação e concordaram trabalhar por meio do G7 (grupo dos países mais industrializados do mundo, a que França e Reino Unido pertencem, juntamente com Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Itália e Japão), para "mitigar o impacto" desse cenário nos respetivos países.
Debateram igualmente o polémico Protocolo para a Irlanda do Norte, incluído nos acordos do 'Brexit' (saída do Reino Unido da União Europeia), que Londres ameaça deixar de aplicar de forma unilateral se a UE não se dispuser a renegociá-lo.
Johnson manifestou "sérias preocupações" com o impacto do protocolo, que impõe controlos aduaneiros entre a Irlanda do Norte e o resto do Reino Unido, e defendeu que são necessárias "mudanças significativas" para salvaguardar "a paz e a estabilidade" na região.
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