"A prioridade do meu Governo é crescer e fortalecer a economia e ajudar a aliviar o custo de vida das famílias", anunciou o príncipe, acrescentando que o executivo pretende "aumentar as oportunidades em todas as partes do país e ajudar mais pessoas a encontrar trabalho".
"Os meus ministros continuarão a apoiar a polícia para tornar as ruas mais seguras e a financiar o Serviço Nacional de Saúde para reduzir as listas de espera resultantes da covid-19", acrescentou.
As prioridades do Governo do primeiro-ministro conservador Boris Johnson para os próximos 12 meses foram delineadas no discurso de abertura do parlamento, denominado por "Discurso da Rainha", lido esta terça-feira, pela primeira vez, pelo príncipe Carlos.
O príncipe de Gales, o primeiro na linha de sucessão do trono britânico, foi chamado a substituir a Rainha Isabel II com menos de 24 horas de aviso devido aos "problemas de mobilidade" da monarca de 96 anos.
Embora seja designado por "Discurso da Rainha", o texto é escrito pelo Governo, que avançou com uma lista de 38 propostas de lei.
Apesar da promessa da redução do custo de vida, o texto salienta a necessidade de manter uma "abordagem responsável das finanças públicas, reduzindo a dívida" e de tomar medidas para fazer a taxa de inflação, atualmente nos 7%, descer para a meta de 2%.
Entre as propostas, foram referidas reformas das regras de planeamento urbanístico e medidas para tornar o centro financeiro de Londres mais atrativo para investidores.
O executivo quer também introduzir legislação para "aproveitar as oportunidades do 'Brexit' [processo de saída da União Europeia]" e facilitar a remoção de regras herdadas do bloco comunitário, porém não mencionou medidas específicas para revogar o Protocolo da Irlanda do Norte.
O programa será agora debatido ao longo de vários dias, com o início previsto para hoje à tarde, já com o príncipe Carlos fora do parlamento, onde se fez acompanhar pela esposa, Camilla, e o filho, príncipe William, o segundo na linha de sucessão ao trono.
Apesar da ausência de Isabel II, o evento manteve a pompa habitual de rituais seculares e os trajes cerimoniais, embora sem algumas das formalidades, tendo o príncipe herdeiro viajado até ao parlamento de automóvel em vez da tradicional carruagem puxada por cavalos.
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