O encontro vai acontecer um dia depois de o Presidente e a primeira-ministra da Finlândia terem dito que são favoráveis à adesão do país à Aliança Atlântica, devendo o pedido ser anunciado oficialmente no próximo domingo em Helsínquia.
Segundo sublinhou o Presidente finlandês, Sauli Niinistö, a adesão da Finlândia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) não será "contra ninguém", apesar de Moscovo ter alertado Helsínquia para as "consequências" em caso de candidatura.
A Rússia avisou hoje a Finlândia de que será forçada a tomar medidas de retaliação, "tanto técnico-militares como outras", se violar as suas obrigações jurídicas internacionais e aderir à NATO.
"A adesão da Finlândia à NATO causará sérios danos às relações bilaterais Rússia-Finlândia (...). A Rússia será forçada a tomar medidas de retaliação, tanto técnico-militares como outras, a fim de pôr termo às ameaças à sua segurança nacional que surjam a este respeito", lê-se num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
O secretário-geral da NATO, o norueguês Jens Stoltenberg, saudou a vontade demonstrada pela Finlândia em integrar a Aliança Atlântica, garantindo um processo de adesão "tranquilo" e rápido.
Por seu lado, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, considerou hoje que a adesão da Finlândia à NATO será "um passo histórico" que contribuirá para a segurança na Europa.
A formalização do pedido de adesão à NATO pela Finlândia deverá ser seguida em breve por um pedido da Suécia para também entrar na organização militar.
O encontro entre os chefes da diplomacia português e finlandês também servirá para debater assuntos bilaterais e a situação da invasão da Ucrânia pela Rússia.
De acordo com o comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, no final do encontro, pelas 16:10 (14:10 em Lisboa), os dois ministros farão declarações sobre a reunião.
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