Este grupo está ligado à morte por asfixia de duas pessoas num mini-autocarro, encontrado em outubro com 29 migrantes a bordo, junto à fronteira com a Hungria.
De acordo com o inspetor da polícia austríaca Johann Baumschlager, o Ministério Público também vai incluir o crime de homicídio na queixa.
Acredita-se ainda que membros do gangue, na sua maioria de nacionalidade romena e moldava, tenham disparado contra uma patrulha do exército que fiscalizava a fronteira húngara no início deste ano.
Com esta operação, foram detidas no total 205 pessoas, 92 na Áustria e as restantes na Eslováquia, República Checa e na Hungria.
Segundo Baumschlager, o valor avançado de 36.100 pessoas introduzidas ilegalmente na Áustria, principalmente pelo lado da Hungria, corresponde a uma média aproximada e suspeita-se de muitos mais casos.
A quantidade de dinheiro recebida pelo grupo de criminosos pode também ser bastante mais elevada.
"É um dos maiores êxitos na luta contra as máfias do tráfico nos últimos anos", garantiu hoje, numa conferência de imprensa, o ministro do Interior austríaco, Gerhard Karner.
O ministro criticou os detidos por desvalorizarem a "vida humana" e de serem movidos apenas pela ganância e pelo lucro, empregando "métodos brutais de máfia".
A grande maioria (80%) das vítimas deste tráfico são provenientes da Síria e entre os migrantes havia crianças, alguns com apenas 02 anos.
A maioria dos migrantes tinha como destino final a Alemanha, França, Bélgica e os Países Baixos.
Para além da detenção dos criminosos, a polícia apreendeu 80 veículos, equipados com sistemas especiais de amortecedores e utilizados para contrabandear os migrantes.
O gangue chegou a amontoar até dez pessoas em carros familiares e 17 em monovolumes.
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