Frota russa no Báltico está a estudar potencial naval da NATO na região

A frota russa do mar Báltico iniciou na quinta-feira exercícios navais com o objetivo de estudar as capacidades da NATO naquela região, no mesmo dia em que a Finlândia anunciou a decisão de aderir à Aliança Atlântica.

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Lusa
12/05/2022 23:25 ‧ 12/05/2022 por Lusa

Mundo

Rússia/Ucrânia

Os oficiais russos estão a analisar "as especificidades" da situação geopolítica naquela região, bem como a "composição, organização, localização e capacidades de combate das forças navais dos países da NATO", referiu, em comunicado, a Frota do Báltico.

Os exercícios táticos contam com a participação de quase uma centena de oficiais, além de mais de 50 navios da Marinha russa.

"As diferentes variantes de operacionalização de grupos de navios no mar Báltico serão analisadas", sublinha ainda esta frota na nota de imprensa.

A Frota do Báltico, baseada nos portos de Baltiisk e Kronstadt, também realizou hoje exercícios de tiro perto do enclave báltico de Kaliningrado.

A Finlândia, país que manteve relações próximas com a antiga União Soviética e a Rússia, revelou hoje a decisão de aderir à NATO, que poderá ser formalizada na cimeira da Aliança Atlântica de Madrid, no final de junho.

Quer a Finlândia, quer a Suécia, que também pretende aderir a esta organização de defesa, têm acesso ao mar Báltico.

A Finlândia e a Suécia podem solicitar a adesão à NATO dentro de poucos dias, uma importante rutura das duas nações com a sua tradicional posição de neutralidade durante conflitos e de não envolvimento em alianças militares.

A Rússia opõe-se à integração dos dois países e justificou a sua intervenção militar na Ucrânia com a expansão da aliança militar ocidental em direção a leste.

Moscovo avisou hoje a Finlândia de que será forçada a tomar medidas de retaliação, "tanto técnico-militares como outras", se violar as suas obrigações jurídicas internacionais e aderir à NATO.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

Leia Também: Rússia tenta impedir avanço dos ucranianos até à fronteira em Kharkiv

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