EUA tentam esclarecer posição turca sobre adesão de Finlândia e Suécia

Washington está a "trabalhar para esclarecer a posição da Turquia" depois de o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ter ameaçado impedir a Finlândia e a Suécia de ingressarem na NATO, disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

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© Leigh Vogel/UPI/Bloomberg via Getty Images

Lusa
14/05/2022 10:04 ‧ 14/05/2022 por Lusa

Mundo

NATO

Uma futura adesão daqueles dois países nórdicos recebeu um "amplo apoio" de outros membros da Aliança Atlântica, sublinhou.

A Finlândia e a Suécia só poderão ser admitidas após uma votação unânime dos Estados-membros da aliança militar intergovernamental.

O anúncio do chefe de Estado turco abanou o processo, que até agora tem sido apoiado pela maioria dos países da NATO, incluindo os Estados Unidos, e pelo secretário-geral da Aliança Atlântica, Jen Stoltenberg, que disse estar preparado para acolher as duas nações nórdicas "de braços abertos".

Os Estados Unidos estão a procurar "perceber melhor a posição da Turquia", disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, dizendo que o país era um "aliado valioso da NATO" e que isso "não podia ser trocado".

A Turquia "tem estado envolvida -- e eficaz -- na tentativa de estabelecer um diálogo entre a Rússia e a Ucrânia e prestou assistência à Ucrânia. Portanto, não muda nada quanto à sua posição na aliança da NATO", atentou John Kirby.

Recep Tayyip Erdogan disse que não quer ver "o mesmo erro cometido quando a Grécia se juntou", um país vizinho com quem a Turquia tem historicamente relações complicadas.

O Presidente da Turquia também acusou os dois países nórdicos de serviram de "albergue para terroristas do PKK [Partido dos Trabalhadores do Curdistão]", considerado um organismo terrorista por Ancara, mas também pela União Europeia e pelos Estados Unidos.

Para alguns analistas, a Turquia poderia procurar aproveitar uma vantagem tática para obter uma contrapartida dos restantes membros da NATO.

Ancara pretende adquirir caças F-16 norte-americanos, bem com peças de reposição necessárias para a manutenção e modernização dos modelos que já tem.

O país pagou 1,4 mil milhões de dólares (1,34 mil milhões de euros) por uma encomenda de caças furtivos F-35, que nunca foram entregues.

Todo o contrato foi congelado pelos Estados Unidos em 2019 após a compra pela Turquia do sistema antimísseis russo S-400, considerado uma ameaça ao F-35.

Washington havia então excluído a Turquia desse programa militar avançado.

Leia Também: Biden nomeia Karine Jean-Pierre como nova porta-voz da Casa Branca

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