O motorista Martín Decena foi libertado por razões de saúde, adiantou o embaixador dominicano em Port-au-Prince, Faruk Miguel Castillo, em declarações à imprensa.
Este autocarro com 17 pessoas a bordo -- oito cidadãos turcos, oito haitianos e o motorista dominicano -- foi sequestrado no passado domingo na periferia da capital do Haiti, indicaram na ocasião fontes da companhia de transporte.
Pertencente à empresa dominicana Metro, o autocarro viajava de Santo Domingo para Port-au-Prince quando foi intercetado por um gangue armado na zona de Papaye, na comuna de Croix-des-Bouquets, na periferia da capital haitiana.
O cônsul honorário da Turquia no Haiti, Hughes Joshua, avançou hoje à agência Efe que os oito cidadãos turcos continuam sequestrados e confirmou a libertação do motorista e da assistente.
Os turcos são trabalhadores que viajam regularmente para o Haiti no âmbito de projetos de educação, de acordo com o cônsul honorário.
Na mesma zona, foi sequestrado em 28 de abril o diplomata dominicano Carlos Guillén Tatis, mantido quatro dias em cativeiro antes de ser libertado.
O gangue 400 Mawozo raptou no ano passado, na mesma área, um grupo de 17 religiosos estrangeiros, 16 dos quais norte-americanos e um canadiano, que manteve dois meses em seu poder.
Os sequestros multiplicaram-se nos últimos dois anos no Haiti, uma vez que os resgastes são uma das principais fontes de financiamento dos gangues que controlam os bairros da zona metropolitana de Port-au-Prince.
Desde 24 de abril, o 400 Mawozo trava uma guerra aberta com o gangue Chen Mechan pelo controlo de vários bairros no norte da capital haitiana, confrontos que causaram já a morte de pelo menos 75 civis e a deslocação de pelo menos 9.000 residentes.
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