O secretário-geral da aliança transatlântica NATO, Jens Stoltenberg, considerou este domingo que “a guerra na Ucrânia não está a correr como Moscovo planeou” e que a Rússia “falhou” no seu objetivo de “tomar Kyiv”.
“Hoje, os aliados discutiram o forte apoio à Ucrânia. A guerra da Rússia na Ucrânia não está a correr como Moscovo tinha planeado. Falharam ao tomar Kyiv, estão a retirar-se de Kharkiv e a sua grande ofensiva em Donbass estagnou”, disse o responsável após a reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros, que decorreu em Berlim, na Alemanha.
“A Rússia não está a atingir os seus objetivos estratégicos. O presidente Putin quer a Ucrânia derrotada e a NATO dividida, mas a Ucrânia está de pé e a NATO mais unida do que nunca”, acrescentou.
Por isso, o secretário-geral da NATO mostrou-se confiante de que Kyiv "pode ganhar" a guerra.
Sobre o pedido de adesão da Finlândia à aliança transatlântica, este domingo oficializado, e sobre uma eventual decisão semelhante por parte da Suécia, Stoltenberg referiu que a aliança irá “respeitar qualquer decisão que tomem”. “Todas as nações soberanas têm o direito de escolher o seu caminho”, considerou, mas frisou que “se decidirem juntar-se será um momento histórico”.
“A sua adesão à NATO vai aumentar a nossa segurança partilhada, demonstrar que a porta da NATO está aberta”, acrescentou.
Sublinhe-se que o presidente finlandês, Sauli Niinistö, anunciou hoje que o país pretende aderir à NATO. Em conferência de imprensa, conjunta com a primeira-ministra, Sanna Marin, o chefe de Estado defendeu que a adesão da Finlândia "é uma prova de poder da democracia" e lembrou que essa decisão tem o aval da maioria dos cidadãos, dos partidos políticos e do parlamento (Eduskunta).
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