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De Dylann Roof a Aaron Long. Os casos de violência com motivação racial

Crime que ocorreu este passado fim de semana em Buffalo, nos Estados Unidos, tem-se repetido ao longo dos anos. Confira, abaixo, alguns dos mais graves.

De Dylann Roof a Aaron Long. Os casos de violência com motivação racial
Notícias ao Minuto

14:34 - 16/05/22 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo EUA

Na tarde de sábado, um supermercado em Buffalo foi palco de um tiroteio, do qual resultaram dez mortes. Mais três pessoas ficaram feridas durante um ataque levado a cabo por Payton Gendron, que acabou por ser detido no local pelas autoridades. Das 13 vítimas, 11 eram negras. 

As motivações racistas do agressor, um jovem norte-americano de 18 anos, estarão na base do ataque, tendo este sido já condenado não só pelos líderes nacionais, como também pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas

Recorde-se que ataques semelhantes a este acontecem todos os anos nos Estados Unidos. Joe Biden considerou este ataque como terrorismo doméstico, uma caracterização que, nos últimos anos, tem escasseado para agressores associados a organizações supremacistas brancas.

Durante a administração Trump, o presidente chegou mesmo a ser criticado por não utilizar as palavras de "atentado doméstico" cometido por "supremacistas brancos" para descrever o massacre de Charlottesville.

Na rede social Twitter, um utilizador reuniu alguns exemplos de agressores norte-americanos que foram detidos por motivações xenófobas ou religiosas.

Em 2011, Kevin William Harpham colocou a uma bomba-relógio num local onde estava previsto um desfile em homenagem a Martin Luther King, em Spokane, em Washington. "Os explosivos foram encontrados numa mochila antes de o desfile começar e foi desligada por um esquadrão. Foi condenado a 32 anos de prisão", lê-se, na publicação.

A mesma publicação volta até 2011, quando Wade Michael Page alvejou dez pessoas em Oak Creek, uma cidade no Wisconsin. Segundo confidenciou um amigo, o antigo militar, responsável pela morte de sete dessas dez pessoas, falou com ele acerca do ataque, referindo-se na altura a uma “iminente guerra santa racial”.

Três anos mais tarde, Frazier Glenn Miller, que criou o movimento Cavaleiros da Carolina do Ku Klux Klan, no estado da Carolina do Norte, matou três pessoas. O ex-dirigente da organização supremacista atacou um Centro de Comunidade Judaica e foi condenado à morte em 2015. "Morreu em 2021, enquanto aguardava pela execução", lê-se.

No mesmo ano, Dylann Roof matou sete afro-americanos que estavam presentes num encontro religioso, em Charleston, na Carolina do Sul. O jovem de 28 anos, admitiu que queria começar uma guerra racial. "Foi condenado à morte e continua a aguardar a execução".

Em 2017, James Harris Jackson matou Timothy Caughman enquanto este recolhia garrafas de plástico em Nova Iorque para reciclar. O homem negro morreu esfaqueado aos 66 anos. Jackson admitiu que viajou à cidade para matar negros e impedir que as mulheres brancas tivesse relacionais interraciais. "Foi condenado a prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional".

No mesmo ano, um jovem que na altura tinha 18 anos, James Alex Fields, atropelou contra-manifestantes que estavam presentes num protesto de extrema-direita em Charlottesville, na Virgínia, tendo sido condenado a prisão perpétua sem possibilidade de condicional. “Um dos professores disse que ele idolatrava Hitler e tinha uma simpatia pelo Nazismo”, pode ler-se no mesmo fio de publicações.

Em 2019, no Texas, Patrick Crusius matou 23 pessoas e deixou outras 23 feridas, num tiroteio no Walmart de El Paso, no Texas. Este foi "o ataque mais mortal entre a comunidade latina", e o homem ter-se-á inspirado na Grande Substituição, uma teoria nacionalista branca nazifascista de extrema-direita.

O ataque mais recente que a publicação dá conta é o de Robert Aaron Long, que matou oito pessoas, seis das quais asiáticas, em Atlanta, na Geórgia. “Long era um utente numa clínica evangélica de tratamentos por ser ‘viciado em sexo’. Foi condenado a prisão perpétua sem condicional”, lê-se.

Os tiroteios e mortes em locais públicos são quase diários nos Estados Unidos e o crime com armas de fogo está a aumentar em grandes cidades como Nova Iorque, Chicago, Miami e São Francisco, especialmente desde a pandemia de 2020.

No domingo outro tiroteio numa igreja nos arredores de Los Angeles, no estado da Califórnia, provocou pelo menos uma morte, ficando outras cindo pessoas feridas. O atirador foi preso.

Também no domingo, em Houston, no Texas, duas pessoas morreram e três ficaram feridas num tiroteio ocorrido numa feira ao ar livre.

O tiroteio envolveu cinco pessoas que as autoridades suspeitam que se conheciam. Ninguém fora do grupo foi atingido.

Em Milwaukee, no estado de Wisconsin, a polícia estava, também no domingo, a investigar três tiroteios noturnos separados que provocaram três mortes.

A noite de violência do fim de semana em Milwaukee saldou-se em 21 pessoas baleadas.

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