Depois de mais de 80 dias fechados no complexo siderúrgico de Azovstal, em Mariupol, os militares ucranianos começaram a ser retirados.
Além dos vídeos que têm vindo a ser publicados por vários membros do Batalhão Azov que se encontram no local, há também fotografias que têm vindo a marcar os dias de guerra. É o caso das imagens de Dmytro Kozatsky, um membro da organização que tem registado os momentos nas suas redes sociais.
Uma fotografia captada na segunda-feira, quando o processo de retirada estava no início, tem vindo a tornar-se viral. Na imagem pode ver-se um homem, que se encontrava no interior de Azovstal, a ser 'atingido' por um feixe de luz. O militar está de braços abertos, o que poderá aludir à imagem de Cristo quando foi crucificado.
16.05.22 Азовсталь pic.twitter.com/WOPPkJa7Or
— Орест (@Kozatsky_D) May 16, 2022
A Rússia já ter anunciou que mais de 1,700 membros do exército ucraniano já foram retirados do local - o que, segundo o ministério da Defesa corresponde a "mais de metade" dos homens e mulheres que estavam no local -, no entanto, ainda é incerto o número de pessoas que permanece lá.
Recorde-se que os civis já terão sido todos retirados do complexo, e os militares que ainda estão lá estão sem água ou mantimentos. Os militares estão a ser levados para a região do Donbass, controlada pelo Kremlin. Os feridos estarão também a ser tratados, e todos os militares são agora prisioneiros de guerra.
Apesar de a comunidade internacional já ter solicitado à Rússia que respeite o Direito internacional e que respeite as normas de prisioneiros de guerra, os parlamentares russos já falam sobre a aplicação da pena de morte em eventuais julgamentos. O assunto será discutido na Duma na próxima semana.
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