Os responsáveis do ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido acusaram, esta sexta-feira, a Rússia de transformar "a comida numa arma" que estão a usar na "sua guerra ilegal".
"Os países em todo o mundo estão a sofrer como resultado" do encerramento dos portos, defendeu o ministério.
The Kremlin is making food a weapon in its illegal war.
— Foreign, Commonwealth & Development Office (@FCDOGovUK) May 20, 2022
Countries around the world are suffering as a result.
Russia must immediately end its blockade of Ukrainian ports which is obstructing the flow of essential goods.#StandWithUkraine pic.twitter.com/ap3ToHOBSy
As acusações surgem depois de os Estados Unidos dizerem que a Rússia estava a fazer milhões de pessoas "reféns" ao impedir que os cereais saíssem da Ucrânia, que é um dos maiores exportadores deste bem essencial.
Também o diretor-geral do Programa Alimentar Mundial da Organização Nações Unidas (ONU) pediu ontem ao Kremlin que reabrisse os portos, no Mar Negro e no mar de Azov.
"Peço ao presidente Vladimir Putin que, se tiver algum coração, que abra estes portos para que possamos alimentar os mais pobres e evitar a fome", disse David Beasley.
Em resposta, o ex-presidente russo Dmitri Medvedev declarou, esta sexta-feira, que a Rússia vai cortar a exportação de cereais para proteção do próprio mercado. O antigo governante acrescentou que a "potencial" crise alimentar a nível global é provocada pelas "sanções ocidentais".
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