Macky Sall disse, numa conferência de imprensa conjunta com o chanceler alemão, Olaf Scholz, que tinha recebido um mandato da União Africana para fazer a viagem.
A Rússia tinha feito um convite para esse efeito, adiantou.
A viagem, inicialmente marcada para 18 de maio, não pôde acontecer "por motivos de agendamento", e por isso propôs novas datas, adiantou o Presidente senegalês.
"Assim que estiver resolvido, irei naturalmente a Moscovo, e também a Kyiv, e também concordámos em reunir todos os chefes de Estado da União Africana que o desejem, naturalmente, com o Presidente [ucraniano, Volodymyr] Zelensky, que tinha manifestado a necessidade de comunicar com os chefes de Estado africanos", revelou Macky Sall.
"Isto também acontecerá nas próximas semanas", acrescentou.
A invasão russa da Ucrânia dividiu os países africanos e também atingiu fortemente as suas economias, com o aumento dos preços dos cereais e a escassez de combustível, por exemplo.
O Senegal, com fortes relações com os países ocidentais, surpreendeu em 2 de março ao abster-se numa votação da Assembleia Geral da ONU a favor de uma resolução que exigia "que a Rússia deixasse imediatamente de usar a força contra a Ucrânia".
O Senegal, por outro lado, votou em 24 de março uma segunda resolução exigindo que a Rússia pare imediatamente a guerra.
Quase metade dos países africanos absteve-se ou não votou em ambas as ocasiões.
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