Outros 48 russos serão julgados por crimes de guerra, diz Ucrânia
O país está também a investigar cerca de 13 mil crimes de guerra cometidos pelas forças russas.
© Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
A procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, revelou, esta segunda-feira, que mais 48 soldados russos serão julgados por crimes de guerra em solo ucraniano, à semelhança do que sucedeu com o combatente de 21 anos Vadim Shishimarin, hoje condenado a prisão perpétua pelo assassinato de Oleksandr Shelipov, de 62 anos.
Segundo a responsável, que falava no Fórum Económico Internacional, o país está a investigar cerca de 13 mil crimes de guerra cometidos pelas forças russas durante a invasão da Ucrânia, relata o The Guardian.
“Já iniciámos cerca de 13 mil casos relacionados com crimes de guerra. Nesta categoria, foram reportadas denuncias sobre 49 indivíduos, que já começámos a indiciar por crimes de guerra”, esclareceu.
Nessa linha, Venediktova informou que as autoridades ucranianas têm uma lista de cerca de 600 suspeitos por crimes de guerra, complementando que três indivíduos já estão a ser julgados em tribunal por dois casos desta natureza.
"Todas as evidências indicam que a elite militar e a política russa reverteram incondicionalmente às brutais táticas de violência da guerra. Populações civis e equipamentos civis – incluindo hospitais, estabelecimentos de ensino e edifícios residenciais – são alvos de uma forma generalizada e sistemática", lançou.
A procuradora-geral reforçou que as ações das forças russas, documentadas pela sua equipa, são de uma “crueldade e violência indescritível e deliberada contra os civis”, nomeadamente no que tocam os “territórios que estavam na linha da frente da guerra, que praticamente se transformaram em matadouros”.
Venediktova apontou ainda que cerca de 4.600 civis morreram enquanto vítimas da guerra, incluindo 232 crianças, ressalvando que o número real de vítimas mortais deverá ser mais elevado.
Apesar das alegações, a Rússia continua a negar estar a levar a cabo crimes de guerra na Ucrânia, país que invadiu no dia 24 de fevereiro.
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