O eurodeputado espanhol Toni Comín, eleito pelo Junts, foi acusado de assédio sexual e moral por um ex-assessor do partido catalão. Segundo avançou o La Vanguardia, a denúncia foi feita ao Comité Consultivo do Parlamento Europeu que investiga casos de assédio, mas o eurodeputado garante que se trataram de "brincadeiras".
Na denúncia, o ex-assessor afirmou que Comín lhe tocou e fez insinuações e questões sobre a sua vida sexual com a sua mulher, tendo ainda proposto terem relações sexuais com outro homem.
O denunciante, que trabalhou no Junts durante sete anos, descreveu também casos de maus-tratos, discussões e ameaças de demissão. O caso foi exposto ao presidente do Junts, o separatista Carles Puigdemont, que, apesar de manifestar o seu apoio, nada fez contra o eurodeputado.
Nas redes sociais, esta sexta-feira, o eurodeputado negou "categoricamente ter exercido qualquer ato de assédio ou maus tratos no trabalho, psicológicos ou sexuais" sobre o ex-assessor.
Segundo Comín, "alguns dos factos referidos na notícia referem-se, de forma completamente distorcida, a brincadeiras e comentários mais ou menos oportunos, no âmbito de uma relação de confiança e amizade construída durante o mandato".
— Toni Comín (@toni_comin) January 31, 2025
Já o Junts anunciou que decidiu "acionar os mecanismos de investigação interna" após ter conhecimento da denúncia contra o eurodeputado, que chegou a ser ministro da Saúde da Catalunha entre 2016 e 2017.
"Uma vez apresentada a queixa ao Parlamento Europeu, esperamos que os factos sejam esclarecidos, da mesma forma que a Junts iniciará a sua investigação", disse o partido, citado pelo ABC.
O partido catalão sublinhou que o processo interno "deve garantir, por um lado, a proteção do queixoso e, ao mesmo tempo, a presunção de inocência do deputado".
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