"É extremamente importante que os manifestantes, sobretudo os líderes da opinião pública, usem o bom senso", disse a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, em comunicado.
"Não podemos permitir que o caos se instale na Sérvia", sublinhou a porta-voz da diplomacia de Moscovo.
Os protestos prolongam-se há três meses na sequência de um desastre numa estação de caminho de ferro.
A Sérvia tem sido abalada por protestos desde que a catástrofe, ocorrida após obras de renovação da estação na cidade de Novi Sad, no norte do país, matou 15 pessoas.
Na terça-feira, o Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, indultou 13 pessoas detidas durante as manifestações em Belgrado.
Entre as pessoas indultadas encontram-se seis estudantes, um reitor de universidade, um professor e vários outros académicos.
O levantamento das acusações contra os detidos durante as manifestações era uma das principais exigências dos organizadores do movimento que foi organizado após o desastre na estação.
Há várias semanas que o Presidente Aleksandar Vucic tem vindo a sofrer pressões, na sequência de uma greve geral e das manifestações em todo o país, além dos bloqueios de estradas.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro Milos Vucevic demitiu-se, tornando-se o mais alto funcionário a abandonar o cargo, após as saídas dos Ministros dos Transportes e do Comércio.
As autoridades também publicaram uma série de documentos relacionados com a renovação da estação de Novi Sad e prometeram novas revelações.
"As autoridades sérvias estão a fazer tudo o que podem para evitar um cenário dramático", disse Zakharova, elogiando o comportamento da polícia sérvia.
"Vemos que as autoridades estão a ouvir os sinais críticos e a demonstrar a vontade de dialogar diretamente com todos no âmbito de um processo político", sublinhou a porta-voz da diplomacia russa.
A Sérvia, que nunca impôs sanções à Rússia desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, mantém tradicionalmente boas relações com Moscovo.
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