Pelo menos 600 desaparecidos no mar Mediterrâneo em três meses

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) adiantou que pelo menos 600 pessoas provenientes da Tunísia e da Líbia desapareceram no mar Mediterrâneo ao tentar chegar à Europa, nos primeiros três meses de 2022, foi hoje conhecido.

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© Christopher Furlong/Getty Images

Lusa
26/05/2022 23:53 ‧ 26/05/2022 por Lusa

Mundo

OIM

Trata-se o número mais alto desde 2014.

Na última tragédia, segundo autoridades tunisinas, um barco de madeira que transportava mais de 100 pessoas virou na terça-feira perto da ilha de Kerkennah, no sudeste da Tunísia, devido ao mau tempo.

A OIM disse na quarta-feira que 30 pessoas da embarcação foram resgatadas, mas 75 ainda estão desaparecidas.

Unidades da Marinha e da Guarda Costeira da Tunísia continuaram a vasculhar a área hoje onde ocorreu a tragédia.

Na quarta-feira, dezenas de migrantes caíram na água enquanto lutavam para se agarrar a um barco virado na costa da Tunísia. Cerca de 110 pessoas foram resgatadas pela organização não-governamental (ONG) Open Arms.

A chefe de proteção de migrantes da OIM, Alice Sironi, disse à agência de notícias AP que a rota de migração do Mediterrâneo central, que atravessa a Líbia e a Tunísia, continua a ser particularmente mortal.

"Além do nosso papel humanitário de cuidar dos sobreviventes em termos de acomodação e alimentação, estamos comprometidos em fortalecer as capacidades das autoridades tunisinas para ajudar os barcos em perigo", disse Sironi.

De acordo com Mourad Torki, porta-voz dos tribunais de Sfax, capital da região, apenas em um corpo foi recuperado até agora do naufrágio de terça-feira, sugerindo haver pouca esperança em encontrar sobreviventes.

"Geralmente, leva vários dias para que os cadáveres sejam levados pelo mar", disse Torki à AP.

Leia Também: Migrantes resgatados pela Open Arms desembarcaram em Lampedusa

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