Trata-se o número mais alto desde 2014.
Na última tragédia, segundo autoridades tunisinas, um barco de madeira que transportava mais de 100 pessoas virou na terça-feira perto da ilha de Kerkennah, no sudeste da Tunísia, devido ao mau tempo.
A OIM disse na quarta-feira que 30 pessoas da embarcação foram resgatadas, mas 75 ainda estão desaparecidas.
Unidades da Marinha e da Guarda Costeira da Tunísia continuaram a vasculhar a área hoje onde ocorreu a tragédia.
Na quarta-feira, dezenas de migrantes caíram na água enquanto lutavam para se agarrar a um barco virado na costa da Tunísia. Cerca de 110 pessoas foram resgatadas pela organização não-governamental (ONG) Open Arms.
A chefe de proteção de migrantes da OIM, Alice Sironi, disse à agência de notícias AP que a rota de migração do Mediterrâneo central, que atravessa a Líbia e a Tunísia, continua a ser particularmente mortal.
"Além do nosso papel humanitário de cuidar dos sobreviventes em termos de acomodação e alimentação, estamos comprometidos em fortalecer as capacidades das autoridades tunisinas para ajudar os barcos em perigo", disse Sironi.
De acordo com Mourad Torki, porta-voz dos tribunais de Sfax, capital da região, apenas em um corpo foi recuperado até agora do naufrágio de terça-feira, sugerindo haver pouca esperança em encontrar sobreviventes.
"Geralmente, leva vários dias para que os cadáveres sejam levados pelo mar", disse Torki à AP.
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