Rússia diz que a "guerra total" do Ocidente contra Moscovo vai durar
O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, denunciou hoje "uma guerra total" do Ocidente contra a Rússia e estimou que esta durará "muito tempo".
© Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
"O Ocidente anunciou uma guerra total contra nós, contra todo o mundo russo", disse Lavrov durante uma reunião com autoridades das regiões russas.
"Podemos dizer com certeza que esta situação permanecerá connosco por muito tempo", afirmou.
"Os Estados Unidos e os seus satélites dobram, triplicam, quadruplicam os seus esforços para conter a Rússia, usando um instrumento muito amplo: de sanções económicas unilaterais e ainda uma propaganda profundamente enganosa no espaço dos meios de comunicação globais", sublinhou Lavrov, denunciando uma "russofobia sem precedentes".
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo também atacou "a chamada cultura do cancelamento", assegurando que os ocidentais continuarão a banir os clássicos russos: Tchaikovsky e Dostoievski, Tolstoi, Pushkin.
Muitas instituições culturais ocidentais cessaram a sua cooperação com instituições estatais russas ou baniram artistas que apoiam a ofensiva russa contra a Ucrânia.
Moscovo acusa a Ucrânia de estar nas mãos de neonazis culpados de orquestrar um suposto genocídio da população de língua russa e o Ocidente de travar uma guerra por procuração contra a Rússia.
A guerra na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas -- mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,6 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A ONU confirmou na quinta-feira que 3.974 civis morreram e 4.654 ficaram feridos, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.
Leia Também: Ucrânia. ACNUR pede quase 700 milhões para refugiados
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com