O ex-presidente dos Estados Unidos discursou, esta sexta-feira, durante o encontro da Associação Nacional de Armas (NRA, na sigla em inglês), que decorre em Houston, no Texas, até domingo.
Durante a sua intervenção, Donald Trump condenou o massacre que ocorreu na terça-feira numa escola primária na cidade texana de Uvalde, a cerca de 270 km dali. Considerando que Salvador Ramos, o autor do ataque, era "um lunático" e "um monstro", Trump leu leu os nomes de todas as vítimas mortais, "que tinham vidas maravilhosas pela frente".
O ex-responsável considerou que quando ataques como o que aconteceu há pouco mais de 72 horas acontecem, há sempre um "esforço grotesco" de colocar este assunto na "agenda mediática" e também um esforço "ainda mais repulsivo" de culpar as pessoas que "pertencem a organizações como esta".
"Quando Joe Biden falou do lobby das armas estava a falar de vocês", rematou, acusando o presidente dos Estados Unidos de sugerir que "os republicanos estão e acordo com os tiroteios nas escolas".
Trump defendeu que "não há razão para desarmar pessoas que sabem usar armas" e que "as usam para proteger outras pessoas". "A existência de crueldade é uma das melhores razões para armar cidadãos cumpridores da lei", relatou.
Sublinhando que "ainda não se sabe tudo o que aconteceu no ataque desta semana", Trump defendeu que há coisas que já se podem fazer para evitar este tipo de conflitos, como, por exemplo, estar atentos à saúde mental, assim como ter em conta as "famílias destruídas".
O ex-governante referiu que era preciso que todas as escolas do país tivessem, pelo menos, um polícia, que a segurança fosse reforçada junto dos estabelecimentos de ensino e que houvesse planos para neutralizar os agressores de forma rápida. "Ninguém deve poder aproximar-se de uma sala de aula sem ser revistado", rematou.
Apesar de dizer que "a esquerda não tem feito nada para prevenir" estes ataques, Trump referiu: "Temos que nos unir, republicanos e democratas, a todos os níveis, para proteger as nossas crianças".
O republicano considerou ainda que mudar as coisas "não é uma questão de dinheiro, mas de vontade". "Se os Estados Unidos têm 40 mil milhões de dólares para a Ucrânia, também têm que ter dinheiro para manter as crianças em segurança", proferiu, antes de ser de a audiência aplaudir fortemente.
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