"Na cimeira de Madrid vamos traçar o rumo a seguir para a próxima década", disse Stoltenberg, na cerimónia de comemoração do 40.º aniversário da adesão de Espanha à Aliança, em Madrid, presidida pelo rei Felipe VI, e que contou com a presença de mais de 300 convidados.
"Também teremos a Finlândia e a Suécia a acompanhar-nos, que acabam de apresentar candidaturas históricas para aderir à nossa aliança. A cimeira de Madrid é uma oportunidade importante para reafirmar os valores da NATO", declarou Stoltenberg.
O líder da Aliança atlântica não abordou, contudo, a relutância da Turquia em abrir as portas à Suécia e à Finlândia, sendo que é necessário um apoio de todos os membros para aprovar novas adesões.
A Turquia, que comanda o segundo maior exército da NATO, atrás dos Estados Unidos, citou o alegado apoio dos países nórdicos aos militantes curdos que a Turquia considera terroristas como razão para se opor à sua entrada na NATO.
O secretário-geral da NATO elogiou no seu discurso o papel de Espanha nos seus 40 anos como aliado muito estratégico devido à sua posição territorial "fronteira entre continentes e ponte entre culturas", sem esquecer o seu papel "importante" na resposta à agressão "brutal e não provocada" da Rússia contra a Ucrânia.
A um mês da cimeira que decorre a 29 e 30 de junho, em Madrid, Stoltenberg referiu que a NATO marca uma nova era de esperança e aspirações com uma política de "portas abertas".
Referindo-se à agressão da Rússia contra a Ucrânia, o secretário-geral da organização disse que o cenário hoje é de "regimes autoritários que procuram minar a ordem internacional baseada nas regras", em que as políticas "coercivas" da China "desafiam os interesses" dos aliados e a Rússia "desafia o direito de cada país escolher o seu caminho".
A estes perigos, o secretário-geral da NATO acrescentou o terrorismo, os ciberataques cada vez mais sofisticados ou as consequências para a segurança das alterações climáticas.
Stoltenberg manifestou-se convicto de que a cimeira da NATO em Madrid será histórica, porque marcará o caminho durante uma década e restabelecerá a dissuasão e a defesa.
"Vamos aprofundar a cooperação com organizações e países conexos, incluindo a UE e os países da região Indo-Pacífico", disse o secretário-geral.
Na sua opinião, a cimeira de Madrid servirá também para envolver os países aliados com a organização e para os sensibilizar para a importância vital da Europa e da América do Norte trabalharem em conjunto.
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