Tropas russas avançam lentamente para o centro de Sievierodonetsk
O governador local, Serhiy Gaidai, referiu que restam cerca de 15.000 civis em Sievierodonetsk.
© Reuters
Mundo Guerra na Ucrânia
As tropas russas estão a avançar lentamente para o centro da cidade de Sievierodonetsk, adiantou esta terça-feira o governador local, Serhiy Gaidai, aqui citado pela Reuters. Estas são as mais recentes atualizações sobre a situação na zona leste da Ucrânia, o Donbass.
Em declarações proferidas na televisão estatal ucraniana, a mesma fonte acrescentou que, neste momento, restam cerca de 15.000 civis em Sievierodonetsk. Isto porque a maioria das 120.000 pessoas que residiam na cidade tinham já fugido na sequência dos brutais bombardeamentos perpetrados pelas forças de Moscovo.
Preparando-se para o pior cenário, Serhiy Gaidai acrescentou que os soldados ucranianos que defendem Sievierodonetsk poderiam, eventualmente, recuar através do rio Siverskyi Donets até à cidade de Lysychansk, caso precisem de escapar ao cerco russo.
Relembre-se que a Rússia tem procurado apreender todo a região do Donbass, da qual fazem parte Lugansk e Donetsk, que é controlada por separatistas pró-russos.
Leonid Pasechnik, líder da República Popular de Lugansk que é apoiado por Moscovo, apontou em declarações à agência estatal russa TASS que um terço de Sievierodonetsk já estava sob "controlo" russo, embora o progresso tenha vindo a ser menos rápido do que o esperado.
Segundo a mesma agência russa, o avanço das tropas russas viu-se complicado pela presença de várias grandes instalações químicas na cidade de Sievierodonetsk, grande parte da qual está já reduzida a cinzas devido à força das investidas militares dos invasores.
Numa altura em que a situação no Donbass continua bastante intensa, a União Europeia anuncia ter já chegado a um acordo no que toca a um embargo ao petróleo russo. O mesmo deverá reduzir em cerca de 90% as importações de petróleo da Rússia pelo bloco comunitário até ao final do ano, segundo a informação avançada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
O sexto pacote de sanções à Rússia, que tinha como elemento central e menos consensual a aplicação de um embargo gradual e progressivo às importações de petróleo russo, estava em suspenso há cerca de um mês. Isto porque alguns países, entre os quais se destacava a Hungria, viriam a pedir exceções temporárias, que justificavam com a sua dependência do crude importado da Rússia, o que obrigou a mudanças na proposta original.
A guerra na Ucrânia, que de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) provocou a morte de mais de quatro mil civis, tem vindo a motivar a condenação por parte da comunidade internacional.
Leia Também: AO MINUTO: UE pronta para conceder 9 mil milhões; Kyiv recupera aldeia
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com