Tropas russas avançam lentamente para o centro de Sievierodonetsk

O governador local, Serhiy Gaidai, referiu que restam cerca de 15.000 civis em Sievierodonetsk.

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Ema Gil Pires
31/05/2022 08:18 ‧ 31/05/2022 por Ema Gil Pires

Mundo

Guerra na Ucrânia

As tropas russas estão a avançar lentamente para o centro da cidade de Sievierodonetsk, adiantou esta terça-feira o governador local, Serhiy Gaidai, aqui citado pela Reuters. Estas são as mais recentes atualizações sobre a situação na zona leste da Ucrânia, o Donbass.

Em declarações proferidas na televisão estatal ucraniana, a mesma fonte acrescentou que, neste momento, restam cerca de 15.000 civis em Sievierodonetsk. Isto porque a maioria das 120.000 pessoas que residiam na cidade tinham já fugido na sequência dos brutais bombardeamentos perpetrados pelas forças de Moscovo.

Preparando-se para o pior cenário, Serhiy Gaidai acrescentou que os soldados ucranianos que defendem Sievierodonetsk poderiam, eventualmente, recuar através do rio Siverskyi Donets até à cidade de Lysychansk, caso precisem de escapar ao cerco russo.

Relembre-se que a Rússia tem procurado apreender todo a região do Donbass, da qual fazem parte Lugansk e Donetsk, que é controlada por separatistas pró-russos.

Leonid Pasechnik, líder da República Popular de Lugansk que é apoiado por Moscovo, apontou em declarações à agência estatal russa TASS que um terço de Sievierodonetsk já estava sob "controlo" russo, embora o progresso tenha vindo a ser menos rápido do que o esperado. 

Segundo a mesma agência russa, o avanço das tropas russas viu-se complicado pela presença de várias grandes instalações químicas na cidade de Sievierodonetsk, grande parte da qual está já reduzida a cinzas devido à força das investidas militares dos invasores.

Numa altura em que a situação no Donbass continua bastante intensa, a União Europeia anuncia ter já chegado a um acordo no que toca a um embargo ao petróleo russo. O mesmo deverá reduzir em cerca de 90% as importações de petróleo da Rússia pelo bloco comunitário até ao final do ano, segundo a informação avançada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

O sexto pacote de sanções à Rússia, que tinha como elemento central e menos consensual a aplicação de um embargo gradual e progressivo às importações de petróleo russo, estava em suspenso há cerca de um mês. Isto porque alguns países, entre os quais se destacava a Hungria, viriam a pedir exceções temporárias, que justificavam com a sua dependência do crude importado da Rússia, o que obrigou a mudanças na proposta original.

A guerra na Ucrânia, que de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) provocou a morte de mais de quatro mil civis, tem vindo a motivar a condenação por parte da comunidade internacional.

Leia Também: AO MINUTO: UE pronta para conceder 9 mil milhões; Kyiv recupera aldeia

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