As autoridades britânicas emitiram, na segunda-feira, um documento com orientações destinadas a garantir o controlo da transmissão do vírus Monkeypox no país. A mesma recomenda que as pessoas com sintomas da doença devem evitar manter relações sexuais, de forma a não contagiarem os seus parceiros.
De acordo com as orientações fornecidas pela Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA), as pessoas infetadas devem "abster-se de fazer sexo quando sintomáticas" - incluindo-se aqui o "período de início precoce dos sintomas", mas também enquanto as lesões estiverem presentes".
A mesma recomendação esclarece ainda que embora não existam "atualmente evidências de varíola de macaco nas secreções genitais, como precaução", estas pessoas "são aconselhadas a usar preservativos durante oito semanas após a infeção".
A autoridade de saúde pede ainda aos britânicos que as pessoas que tenham sido infetadas por este vírus, ou que tenham suspeitas nesse sentido, "devem evitar o contacto com outras pessoas até que as suas lesões tenham sarado e que as crostas tenham secado". Estas pessoas devem ainda ter o cuidado de seguir "métodos padrão de limpeza e desinfeção", bem como lavar "as suas próprias roupas e roupa de cama com detergentes padrão numa máquina de lavar".
A UKHSA aponta ainda que, caso precisem "de viajar para procurar cuidados de saúde", os pacientes deverão "assegurar-se de que quaisquer lesões são cobertas por um pano". E terão, ainda, de "usar uma cobertura facial" durante o trajeto, devendo "evitar o transporte público sempre que possível".
Aqueles que contactarem, por outro lado, com alguém infetado pelo vírus Monkeypox passarão também, em território britânico, a ser "avaliados e aconselhados a isolar-se durante 21 dias, se necessário".
Estas recomendações foram divulgadas numa altura em que o Reino Unido contabiliza já um total de 179 casos de infeção desde o dia 7 de maio. A maioria deles registaram-se em Inglaterra.
O primeiro caso humano de infeção com o vírus Monkeypox foi registado em 1970 na República Democrática do Congo. Desde então, vários países da África Central e Ocidental têm vindo a reportar casos.
Apesar da doença não requerer uma terapêutica específica, a vacina contra a varíola, antivirais e a imunoglobulina vaccinia (VIG) podem ser usados como prevenção e tratamento para a Monkeypox.
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