Um dia depois da União Europeia ter aprovado o sexto pacote de sanções à Rússia – que inclui um embargo parcial ao petróleo russo – José Milhazes mostra-se desacreditado com a força da nova sanção e diz esperar que os efeitos se façam sentir.
"Não é um ataque imediato, ainda vai demorar uns meses, e no caso da guerra na Ucrânia uns meses são muito importantes", disse o comentador, esta terça-feira, na SIC.
Nestes casos, afirmou, "Putin aproveita sempre para desacreditar a União Europeia e a capacidade de responder atempadamente a estes desafios".
Recorde-se que a União Europeia anunciou, na segunda-feira, ter já chegado a acordo sobre embargo ao petróleo russo. O mesmo deverá reduzir em cerca de 90% as importações de petróleo da Rússia pelo bloco comunitário até ao final do ano, segundo a informação avançada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Milhazes destacou ainda as declarações de Nikolai Patrushev, chefe do Conselho de Segurança da Rússia, onde afirmou que a Polónia está a agir para ocupar os territórios ocidentais ucranianos.
"Este senhor avançou uma grande tese para tentar novamente lançar a divisão dentro da Europa", começou Milhazes. "O argumento fantásico é que o presidente da Polónia foi a Kyiv e disse que brevemente não haverá fronteira entre Ucrânia e Polónia porque vão ser dois países que vão cooperar muitos nesta guerra, e o homem interpreta isso desta forma", disse o historiador.
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