"Estamos a atingir bancos e oligarcas próximos do regime de Putin, assim como aquela que eu chamaria de sua parceira", disse a ministra canadiana dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly, a jornalistas em Otava.
Entre os visados pelas novas sanções encontra-se Alina Kabaeva, uma antiga ginasta olímpica russa que, segundo alguns meios de comunicação social e opositores, tem uma relação com o chefe de Estado russo, que negou em 2008.
De acordo com artigo recente do Wall Street Journal, que cita autoridades norte-americanas, Alina Kabaeva é descrita por um relatório confidencial da inteligência dos Estados Unidos como beneficiária da fortuna de Vladimir Putin.
A antiga ginasta é a "presidente do conselho do National Media Group (MNG), uma 'holding' que detém ações significativas em quase todos os principais meios de comunicação federais russos que reproduzem propaganda do Governo russo", segundo o Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE).
O Canadá também adicionou o Banco Agrícola Russo a esta lista, bem como o Investtradebank e duas empresas de gestão de fundos. Os seus bens estão congelados e os seus líderes estão proibidos de pisar território canadiano.
Mélanie Joly disse que as sanções visam "sufocar o regime de Putin" e elogiou a União Europeia por proibir a maior parte das importações de petróleo russo na segunda-feira até ao final do ano, a fim de congelar o financiamento da guerra de Moscovo na Ucrânia.
Desde o início da conflito russo-ucraniano, em 24 de fevereiro, o Canadá impôs sanções a mais de 1.050 pessoas e entidades na Rússia, Ucrânia e Bielorrússia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de quatro mil civis, segundo as Nações Unidas, que alertam para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de oito milhões de pessoas, das quais mais de 6,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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