"Vamos entregar uma proposta à Assembleia Legislativa para uma alteração da lei, para incluir a varíola dos macacos como uma doença transmissível", revelou hoje na conferência semanal da Saúde Tai Wa Hou, dos Serviços de Saúde de Macau.
Apesar de o território não ter detetado nenhum caso, o responsável revelou que as autoridades já elaboraram orientações sobre a doença, dando a conhecer "as manifestações clínicas, período de incubação, os grupos de risco", entre outros.
"Ao mesmo tempo, estamos a contactar os profissionais do setor e também estamos a preparar sessões de formação para que setor conheça melhor essa doença, para reforçar essa capacidade de despistagem", reforçou.
O também médico da direção do Centro Hospitalar Conde de São Januário disse que, com base na situação mundial, Macau "não deve menosprezar a doença e deve estar preparado".
"Já negociámos com os agentes farmacêuticos sobre as vacinas e os medicamentos para ficarmos preparados," concluiu.
O Monkeypox, da família do vírus que causa a varíola, é transmitido de pessoa para pessoa por contacto próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados.
O tempo de incubação é geralmente de sete a 14 dias, e a doença, popularmente conhecida por varíola dos macacos, dura, em média, duas a quatro semanas.
A doença é endémica na África Ocidental e Central e menos perigosa que a varíola.
A Direção-Geral da Saúde de Portugal recomenda às pessoas que apresentem lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, que procurem aconselhamento médico.
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