Segundo o Ministério da Defesa turco, os soldados turcos estavam a retaliar "contra as perseguições e tentativas de ataque dos terroristas", acrescentando que "16 terroristas do PKK/YPG que abriram fogo... foram neutralizados".
O YPG são as milícias seculares curdas-sírias aliadas dos Estados Unidos na luta contra o grupo terrorista islâmico Estado Islâmico, na Síria.
Ancara considera essas milícias como mera filiais do grupo guerrilheiro do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), ativo na Turquia.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou esta semana uma nova operação militar no norte da Síria para expandir as áreas sob controlo de Ancara, no âmbito do seu objetivo de criar uma "faixa de segurança" de 30 quilómetros de largura em território sírio ao longo de toda a fronteira entre os dois países.
O chefe de Estado turco não deu mais detalhes sobre essa intervenção e tem assegurado que pode acontecer a qualquer momento, "de surpresa".
A Turquia já controla uma faixa de território no norte da Síria, que se estende por várias províncias, e da qual expulsou milícias curdas-sírias.
A operação turca será um dos temas da visita do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, à Turquia, agendada para 08 de junho.
A Rússia é o principal aliado do Presidente sírio, Bashar al-Assad, enquanto a Turquia apoia facções armadas - principalmente islamistas - que pretendem derrubá-lo e também lutam contra as YPG, que mantém uma tensa relação de neutralidade com o regime sírio.
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