A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação moçambicana manifestou confiança na eleição do seu país para o Conselho de Segurança da ONU, avaliando que a experiência na luta contra o terrorismo será uma "vantagem" a seu favor.
A governante destacou à Lusa que os "países amigos" têm manifestado intensão em votar em Moçambique, incluindo os cinco membros permanentes - China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos da América -, que lhe ofereceram "treino e apoio prático".
Cinco Estados-membros --- Equador, Japão, Malta, Moçambique e Suíça --- concorrem às cinco vagas disponíveis. Moçambique e Suíça estão entre os 62 Estados-membros da ONU -- 31,9% do total de membros -- que nunca fizeram parte do Conselho.
Este ano, Moçambique concorre incontestavelmente ao único lugar disponível para o grupo africano.
Verónica Macamo considerou que a favor do seu país está a sua experiência no combate ao terrorismo, nomeadamente em Cabo Delgado. A província moçambicana é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
Entre os temas que pretende colocar em destaque em caso de eleição, além do terrorismo, Moçambique salientou ainda garantias de paz e segurança, a pirataria marítima, o tráfico de pessoas, de drogas e de órgãos humanos, o uso das tecnologias para empoderamento dos países e as questões de género.
"Estamos preocupados também com as mudanças climáticas. Temos, como Conselho das Nações, que encontrar formas mais eficazes de combater as mudanças climáticas, sobretudo os seus efeitos. Mas também temos que olhar para a biodiversidade como elemento muito importante para manter o nosso mundo habitável", defendeu Macamo.
O Conselho de Segurança da ONU é composto por 15 membros, cinco permanentes e 10 não-permanentes.
A eleição vai acontecer na sede da ONU, em Nova Iorque.
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