A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou, nesta terça-feira, a vacinação contra a varíola para grupos prioritários, incluindo profissionais de saúde em risco, equipas de laboratório que atuam com ortopoxvírus, especialistas em análises clínicas que realizam diagnóstico para a doença e outros que possam estar em risco de acordo com autoridades nacionais de saúde pública.
As primeiras recomendações da OMS sobre o tema foram publicadas num guia provisório a partir da consultoria do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos (SAGE, na sigla em inglês). No documento, a OMS enfatiza que a vacinação em massa não é necessária nem recomendada neste momento.
Para pessoas que tiveram contato com casos confirmados da doença, a OMS recomenda a vacinação, como profilaxia pós-exposição (PrEP), com uma vacina de segunda ou terceira geração. A vacina deve ser aplicada preferencialmente dentro de quatro dias após a primeira exposição para prevenir o início da doença.
No documento, a OMS alerta que alguns países mantiveram stocks estratégicos de vacinas mais antigas contra a varíola do Programa de Erradicação da Varíola - concluído em 1980. No entanto, essas vacinas de primeira geração não são recomendadas para o surto de Monkeypox.
Anos de pesquisa levaram ao desenvolvimento de vacinas novas e mais seguras (segunda e terceira geração) para a varíola, algumas das quais podem ser úteis para a varíola dos macacos.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou esta terça-feira mais 22 casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal, o que eleva o número total de casos confirmados no país para 231.
"Todas as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos", indica uma nota publicada no site daquela entidade.
Os casos identificados estão a ser acompanhados clinicamente, encontrando-se estáveis.
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