Hengqin reduz impostos para atrair residentes de Macau e estrangeiros

A zona de cooperação aprofundada entre Guangdong e Macau anunciou hoje uma redução de impostos para os residentes de Macau e estrangeiros que trabalhem na área especial, a ilha chinesa de Hengqin, conhecida como ilha da Montanha.

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Lusa
16/06/2022 18:13 ‧ 16/06/2022 por Lusa

Mundo

Hengqin

Num comunicado, a Comissão Executiva da zona de Hengqin anunciou que o imposto sobre o rendimento de "quadros qualificados de excelência e em escassez", incluindo estrangeiros, será no máximo de 15%.

Além disso, os residentes de Macau que trabalhem na zona de Hengqin pagarão o mesmo valor de imposto sobre o rendimento que pagariam em Macau, onde o imposto profissional não ultrapassa os 12%.

Na China continental os impostos sobre os rendimentos de trabalhadores individuais podem atingir até 45%.

A descida de impostos "marca a implementação oficial das primeiras políticas fiscais nacionais e provinciais para apoiar o desenvolvimento da Zona de Cooperação, tendo um impacto significativo e uma importância de grande alcance", defendeu o diretor da Comissão Executiva da zona e também secretário para a Economia e Finanças de Macau, Lei Wai Nong.

As empresas com sede na zona de Hengqin já pagam um imposto sob o rendimento de 15%, "muito inferior" à taxa de 25% no resto da China continental, prossegue o comunicado.

A Comissão Executiva defendeu que as políticas fiscais favoráveis têm levado mais empresas a apostar na zona de Hengqin.

Em fevereiro, o presidente do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, Benson Lau Wai Meng, disse que o instituto recebeu, em 2021, 134 pedidos de informação sobre a zona de Hengqin, através de um serviço de consultoria e encaminhamento de negócios entre a China e os países de língua portuguesa.

A zona de cooperação aprofundada em Hengqin passou a ser gerida conjuntamente por Guangdong e Macau em 2021.

Além da livre circulação de capitais, outra das vantagens desta área especial, para captação de empresas e investimento, deverá incidir na política de isenção e suspensão de impostos sobre as mercadorias, cuja entrada em todo o mercado chinês, de mais de 1,4 mil milhões de pessoas, estará facilitada.

Su Kun, um dos diretores adjuntos da Comissão Executiva da zona de Hengqin e também executivo do Banco da China em Macau, lembrou que, desde janeiro de 2021, entre as empresas a beneficiar de benefícios fiscais, estão aquelas que oferecem serviços comerciais entre a China e os países de língua portuguesa.

Leia Também: Chineses continuam interessados nos mercados lusófonos

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