A Escola de Aviação - MA Aviation Training Center fica situada em Espargos e já está certificada pela Agência da Aviação Civil de Cabo Verde (AAC) e pela Autoridade Nacional de Aviação Civil de Portugal (ANAC).
"É importante que a Escola possa tirar o maior proveito da localização de Cabo Verde e ser um fator de contribuição muito forte para a economia cabo-verdiana e para gerar empregos de qualidade", afirmou o chefe do Governo, para quem essa área "cruza muito bem" com o turismo.
Além disso, a escola está associada a um setor onde Cabo Verde tem tradição, com uma companhia aérea antiga, um sistema de regulação credível, assim como um sistema de gestão aeronáutica.
"Dará um contributo enorme na formação, qualificação e treinamento de muitos jovens que procuram este tipo de formação lá fora, como assistentes de bordo, tripulação de cabine, mesmo pilotos, e outros, e agora têm condições de ter o serviço de qualidade na ilha do Sal", frisou Ulisses Correia e Silva.
Além da formação, o primeiro-ministro disse que o projeto vai criar mercados a nível dos países de língua portuguesa e ter ambição para se abrir para outros.
A presidente do grupo M.A Aviation Training Center, Mafalda Vaz Pinto, explicou que a ideia da instalação da escola em Cabo Verde surgiu após diagnóstico das necessidades de formação nessa área no arquipélago.
"No seguimento deste diagnóstico, após um estudo de mercado, resolvemos, então, abrir a escola, que tem como objetivo lecionar os cursos de tripulante de cabine, técnico de manutenção de aeronaves e assistentes de terra", enumerou, dando conta as inscrições já estão abertas.
O turismo representa cerca de 25% do PIB de Cabo Verde, mas depois de um recorde de 819 mil turistas em 2019, as limitações às viagens internacionais devido à pandemia de covid-19 provocaram uma quebra na procura de 70% e o país enfrenta agora uma profunda crise económica e financeira.
O país registou em 2020 uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB.
Segundo dados oficiais, a economia cresceu 7% em 2021, impulsionada por alguma retoma na procura turística, mas o Governo reduziu para 6% a previsão de crescimento em 2022, devido às consequências da guerra na Ucrânia.
Em 2021, o arquipélago recebeu 229.263 turistas e espera mais do que duplicar esse número este ano, invertendo a tendência de queda nos últimos dois anos por causa da pandemia de covid-19, segundo previsões do Orçamento do Estado.
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