Ativistas pró-escolha manifestaram-se, este sábado, no exterior da casa da juíza do Supremo Tribunal, Amy Coney Barrett, vestindo roupas manchadas de sangue e envergando bonecos bebés.
As manifestantes marcharam erguendo placas, incluindo uma com um cabide que dizia: "Não voltar atrás".
As jovens, parte de um grupo chamado Rise Up 4 Abortion Rights [Ergue-te pelo direito ao aborto], amarraram as mãos com fita adesiva e seguraram os bonecos de plástico.
"Isto é a América da Amy. Crianças vão ser obrigadas a dar à luz outros bebés. Mulheres serão silenciadas. As mulheres serão invalidadas. As mulheres serão informadas de que são menos do que isso", afirmou Ariana, de 15 anos.
O grupo disse que não está a trabalhar para "mudar a mente dos fascistas que odeiam mulheres", mas sim para "apelar à maioria Pró-escolha" nos EUA para impedir o Supremo Tribunal de anular o caso Roe v. Wade, que defende os direitos do aborto.
Recorde-se que, em maio, o jornal norte-americano Politico noticiou, citando documentos não divulgados, que o Supremo Tribunal dos Estados Unidos prepara-se para anular a decisão histórica de 1973 que reconheceu o direito ao aborto.
O processo Roe vs. Wade defende, há quase meio século, que a Constituição dos EUA protege o direito da mulher a fazer um aborto. Se esta conclusão for aceite pelo Supremo Tribunal, os Estados Unidos voltarão à situação que existia antes de 1973, quando cada estado era livre de proibir ou autorizar a realização de abortos.