O Kremlin defendeu, esta quarta-feira, que a sua resposta à Lituânia “não será diplomática, mas prática”. Em causa está a proibição de trânsito de produtos em aço e outros metais pelo território lituano para o enclave russo de Kaliningrado.
“Uma das principais questões tem sido sobre se a resposta seria estritamente diplomática. A resposta: não”, asseverou Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, no seu briefing semanal. "A resposta não será diplomática, mas prática".
Segundo aponta a agência de notícias Reuters, a responsável não especificou qual a natureza das medidas práticas que a Rússia tenciona tomar contra a Lituânia.
Ainda na terça-feira, Zakharova advertiu a Lituânia de que se a Rússia caracteriza as ações de outro Estado como abertamente hostis, isso implica uma "reação correspondente". Já o secretário do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev, afirmou, durante uma visita a Kaliningrado, que a Rússia irá retaliar com medidas que terão "graves consequências negativas" para os lituanos.
Em resposta, os Estados Unidos da América expressaram o seu "apoio" à Lituânia, perante as ameaças de represálias da Rússia contra Vilnius. "Apoiamos os nossos aliados da NATO e apoiamos a Lituânia", disse, em conferência de imprensa, o porta-voz da diplomacia norte-americana, Ned Price, lembrando que o compromisso dos EUA com o artigo 5.º da NATO, que prevê que "qualquer ataque contra um país aliado é um ataque contra todos".
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