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Restos mortais de Patrice Lumumba retornam 61 anos depois à RDCongo

Mais de 61 anos após ter sido assassinado, o caixão de Patrice Lumumba regressou hoje ao seu país depois da Bélgica ter devolvido à República Democrática do Congo (RDCongo) um dente, o único resto mortal do herói da independência.

Restos mortais de Patrice Lumumba retornam 61 anos depois à RDCongo
Notícias ao Minuto

21:16 - 22/06/22 por Lusa

Mundo Patrice Lumumba

O avião com o caixão e a delegação, que deixou Bruxelas na terça-feira à noite, fez uma paragem hoje de manhã em Kinshasa.

O destino seguinte foi Tshumbe, na província de Sankuru, em cujo aeródromo de terra batida pousaram três aviões ligeiros, os dois primeiros com funcionários governamentais e o terceiro com o caixão.

A chegada dos restos mortais foi acolhida de forma festiva, com um comité de boas-vindas, orquestra, chefes e dançarinos tradicionais.

De Tshumbe, a procissão deve percorrer 25 quilómetros para chegar a Onalua, vila onde Lumumba nasceu em 1925 e onde estão previstos dois dias de homenagens.

Posteriormente, e durante nove dias, o caixão vai parar em locais emblemáticos da vida de Patrice Lumumba e terminará no dia 30 de junho na capital onde, após três dias de luto nacional, um mausoléu vai receber a cerimónia de enterro.

Desde 2013, Onalua faz parte de uma comuna chamada Lumumbaville em memória do primeiro primeiro-ministro do ex-Congo belga (atual RDCongo).

Primeiro chefe do Governo do antigo Congo belga, que se tornou independente em 30 de junho de 1960 (ex-Zaire e hoje RDCongo), Patrice Lumumba foi deposto em meados de setembro do mesmo ano por um golpe de Estado.

Foi executado em 17 de janeiro de 1961 com dois irmãos de armas por separatistas da região de Catanga, no sul da RDCongo, com o apoio de mercenários belgas.

O seu corpo, desmembrado e dissolvido em ácido, nunca foi encontrado, restando apenas o dente restituído, que foi guardado por um polícia belga como recordação e apreendido pela justiça belga à sua filha em 2016.

A restituição da relíquia ocorreu depois de Filipe, rei dos Belgas, ter expressado oficialmente no início deste mês arrependimento pelos abusos do seu país no Congo quando era uma colónia.

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