Daniela Félix, a advogada que defende a menina, de 11 anos, que foi impedida de realizar um aborto após ser violada, no Brasil, diz ter sido ameaçada por defender os direitos da menor.
Em entrevista ao jornal Globo, e sem mencionar nomes mas respondendo a uma questão sobre o que foi feito ao abusador da criança, Daniela afirma que tem sido "atacada nas redes sociais" e sofre ameaças por defender a menor.
Quanto ao homem que violou a menina, a mulher diz não poder "falar sobre o aspecto criminal". "O abusador não é do círculo social da família e não mora na casa", adianta.
A advogada frisa estar a defender "os direitos da criança e da mãe" e, atualmente, "quem defende os direitos humanos no país [Brasil] é perseguido".
Recorde-se que Daniela Félix avançou com um 'habeas corpus' num tribunal de Santa Catarina, para que seja realizado o aborto. Ao Globo, a advogada sublinha que o "aborto legal pode ser realizado a qualquer momento".
No Brasil, o aborto decorrente de uma violação ou quando representa risco de vida para a grávida, não depende de autorização judicial ou de prazo gestacional. Contudo, o caso em questão tem estado envolvido em polémica após a juíza Joana Zimmer ter negado o aborto legal à menina.
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