Angeli Rose Gomez - a mãe que conseguiu salvar os dois filhos do tiroteio na escola primária de Uvalde, no estado norte-americano do Texas - revelou que está a ser perseguida pela polícia local.
No momento em que soube de um tiroteio na Escola Primária Robb, a mulher conduziu até ao estabelecimento e abordou os agentes da polícia, mas, perante a inércia das autoridades, tentou entrar na escola para salvar os filhos. Acabou algemada.
“Logo ao estacionar, um agente começou a vir em direção ao meu carro, a dizer que não me era permitido estacionar ali”, disse a mulher, no início do mês, em entrevista à CBS New. “E ele disse: 'Bem, vamos ter de a prender porque está a ser muito pouco cooperativa”, acrescentou.
Já numa entrevista à Fox 25, no domingo, a mãe das duas crianças explicou que conseguiu convencer os agentes de que estava mais calma e podia ser libertada. Assim que lhe retiraram as algemas, começou a correr em direção à escola. “Só me lembro quando o meu filho viu o meu outro filho, abraçou-o e disse: ‘estou tão contente por estares bem’”, contou em lágrimas.
No entanto, segundo revelou, a atitude “heróica” está a ser criticada pela polícia local e a sua família tem sido alvo de assédios. “Na outra noite estávamos a fazer exercício, e tínhamos um polícia estacionado na esquina, como que a piscar-nos os faróis”, contou.
Angeli Gomez decidiu afastar-se temporariamente dos filhos para que as crianças “não sintam que têm de ver polícias a passar, abrandar e estacionar”.
As declarações surgem cerca de uma semana após Pete Arredondo, chefe da polícia do distrito escolar de Uvalde, ter sido afastado de funções pela demora em responder ao tiroteio que matou 19 crianças e duas professoras.
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