Biden falava ao lado do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, no final de um encontro entre os dois à chegada do Presidente norte-americano a Madrid para participar na cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), que decorre na quarta e na quinta-feira na capital espanhola.
Esta será uma "cimeira verdadeiramente histórica", que ocorre num "momento chave" para a NATO, depois da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro passado, afirmou Biden.
"A unidade transatlântica continuará a ser a nossa maior força na resposta à Rússia", acrescentou, antes de defender que os países membros da aliança militar entre a Europa e a América do Norte devem manter-se unidos nas sanções a Moscovo e no apoio à Ucrânia, nomeadamente no aumento das capacidades de defesa de Kiev e das de dissuasão e defesa da própria NATO.
O Presidente norte-americano destacou que os Estados Unidos têm aumentado as suas forças militares na Europa este ano e, em concreto, na Europa do leste, tal como outro aliados.
O reforço dessa presença de tropas e equipamentos vai ser debatido durante a cimeira, segundo Biden, que afirmou que os estados-membros da Aliança Atlântica estão a fortalecer a NATO "contra as ameaças do leste e os desafios do sul", numa abordagem de "360 graus", olhando para todas as regiões vizinhas.
"A NATO está focada em todos os domínios e em todas as direções, terra, mar e ar", acrescentou.
Em concreto com Pedro Sánchez, o Presidente dos Estados Unidos acordou aumentar o número de barcos de guerra e militares norte-americanos na base de Rota, no sul de Espanha.
Espanha e os Estados Unidos assinaram hoje uma nova declaração conjunta que prevê também cooperação na América latina, para "impulsionar uma agenda positiva", nas palavras de Sánchez.
O primeiro-ministro espanhol congratulou-se por os EUA e a NATO estarem a "reforçar o flanco leste", na resposta à ameaça russa, mas também "a reconhecerem as ameaças do flanco sul", com a tal "estratégia de 360 graus", referindo, em concreto, a região africana do Sahel.
Espanha, como outros países do sul da Europa, têm chamado a atenção para estes desafios e ameaças do sul (Médio Oriente e Norte de África), relacionadas como fluxos de imigração ilegal e movimentos terroristas, reclamando que a NATO não os ignore apesar do protagonismo assumido pelo leste europeu, com a guerra na Ucrânia.
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