A administração do presidente norte-americano Joe Biden afirmou esta terça-feira que iria colocar 36 empresas numa lista negra para transações comerciais, incluindo cinco empresas chinesas acusadas de apoiar e fornecer a base militar e defensiva da Rússia, ao longo da guerra na Ucrânia.
Segundo a agência Reuters, citando as autoridades dos EUA, nas 36 empresas estão incluidas entidades da Rússia, dos Emirados Árabes Unidos, da Lituânia, do Paquistão, de Singapura, do Reino Unido, do Usbequistão e do Vietname.
A inclusão de empresas chinesas é de particular relevância dada a ambiguidade com que o regime de Pequim tem lidado com a guerra, ora condenando certas ações militares, ora continuando a negociar com os russos.
Nas resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU), a China absteve-se em todas as principais decisões de condenação a atos de guerra e não subscreveu uma grande parte do planeta, especialmente no Ocidente, nas sanções à economia da Rússia.
Num comunicado citado pela agência britânica, o subsecretário norte-americano do Comércio para a Indústria e Segurança, Alan Estevez, disse que "a ação de hoje envia uma poderosa mensagem às entidades e indivíduos em todo o globo, e se eles tentarem apoiar a Rússia, os Estados Unidos vão cortá-los também".
Os Estados Unidos também prometeram que continuariam a vigiar se a China respeita as restrições aplicadas a Moscovo ou se as tenta contornar, prometendo vir a aplicar sanções caso tal não se verifique.
A invasão russa na Ucrânia já fez mais de 4.500 mortos entre a população civil, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a mesma organização alerta que o número real de mortos poderá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar as baixas em zonas sitiadas ou ocupadas pelos russos.
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