ECHR aplica "medidas urgentes" para travar execução de britânicos detidos

A entidade apelou à Rússia que garanta que "a pena de morte imposta aos requerentes não [seja] cumprida", assim como que lhes forneça "condições adequadas de detenção" e "toda a assistência médica".

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Notícias ao Minuto
30/06/2022 11:00 ‧ 30/06/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

O Tribunal Europeu de Direitos Humanos (ECHR, na sigla em inglês) anunciou, esta quinta-feira, ter introduzido "medidas urgentes" para travar a execução de dois britânicos detidos em Donestk pelas forças russas.

A entidade apelou à Rússia que garanta que “a pena de morte imposta aos requerentes não [seja] cumprida”, assim como que lhes forneça “condições adequadas de detenção” e “toda a assistência médica” necessária, lê-se em comunicado divulgado na rede social Twitter.

Recorde-se que Shaun Pinner foi capturado em Mariupol, em abril, ao lado de Aiden Aslin, durante a batalha pelo controlo da cidade portuária.

A dupla foi considerada culpada de "atividades mercenárias e de cometer ações destinadas a tomar o poder e a derrubar a ordem constitucional da República Popular de Donetsk", embora as suas famílias afirmem que estavam a lutar de forma legítima dentro do exército ucraniano, devendo, por isso, ser tratados como prisioneiros de guerra.

O Reino Unido não abordou o caso junto das autoridades da região, até ao momento, esperando que Kyiv assegurasse a libertação dos combatentes.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 15 milhões de pessoas - mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Além disso, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A ONU confirmou ainda que mais de quatro mil civis morreram e mais de cinco mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

A invasão russa - justificada pelo presidente russo pela necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores.

Leia Também: AO MINUTO: Cimeira da NATO termina hoje; "Crime de guerra" em Mariupol

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