Número de casos de Monkeypox triplicou em duas semanas na Europa

A Organização Mundial da Saúde instou os países a fazerem mais para prevenir a transmissão do vírus.

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Notícias ao Minuto com Lusa
01/07/2022 16:17 ‧ 01/07/2022 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Monkeypox

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu, esta sexta-feira, uma ação urgente para prevenir a transmissão do vírus Monkeypox na Europa, realçando que o número de casos triplicou nas últimas duas semanas.

O diretor da organização para a Europa, Hans Kluge, afirmou em um comunicado que são necessários maiores esforços, apesar da decisão da agência de saúde da ONU na semana passada de que a escalada do surto ainda não justifica ser declarada uma emergência de saúde global.

"Uma ação urgente e coordenada é imperativa se quisermos virar a esquina na corrida para reverter a propagação contínua desta doença", explicou.

Até o momento, já foram detetados mais de 5 mil casos do vírus em 51 países de todo o mundo, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.

De acordo com Kluge, o número de infeções na Europa representa cerca de 90% do total global, sendo que 31 países deste continente já identificaram casos.

Desde 15 de junho, seis novos países e territórios reportaram casos de infeção por Monkeypox, adiantou Hans Kluge, que apelou às autoridades nacionais para que "reforcem os esforços nas próximas semanas e meses para impedir que a Monkeypox se estabeleça numa área geográfica em crescimento".

O responsável adiantou também que cerca de 10% dos pacientes foram internados para tratamento ou isolamento e uma pessoa foi internada numa unidade de cuidados intensivos, mas não foi registada nenhuma morte associada ao vírus.

"A OMS continua a avaliar o risco de Monkeypox na região europeia como elevado, dada a ameaça continuada à saúde pública e a rápida expansão da doença, com desafios a dificultar a nossa resposta e com casos adicionais a serem relatados entre mulheres e crianças", avançou Hans Kluge.

O diretor da OMS para a Europa adiantou ainda que a maioria dos casos reportados até agora tem sido em pessoas entre os 21 e os 40 anos de idade, 99% das quais homens, a maioria dos quais que fazem sexo com homens, não tendo sido registada qualquer morte devido à infeção.

Um reduzido número de casos também foi registado entre membros dos mesmos agregados familiares, entre contactos heterossexuais e contactos não sexuais, bem como entre crianças.

A grande maioria dos casos tem apresentado erupção cutânea e cerca de três quartos relataram sintomas sistémicos tais como febre, fadiga, dores musculares, vómitos, diarreia, calafrios, dor de garganta ou dor de cabeça, adiantou a OMS.

Perante a evolução da doença, "simplesmente não há espaço para complacências, especialmente na região europeia com o surto em rápida mudança e que a cada hora, dia e semana está a alargar o seu alcance a zonas anteriormente não afetadas", alertou Hans Kluge.

De acordo com o diretor europeu da organização, os países devem aumentar rapidamente a vigilância, incluindo a sequenciação do vírus, e reforçar a capacidade de diagnosticar e responder à doença, assim como transmitir às comunidades afetadas e à população em geral as informações de forma compreensível.

"Em terceiro lugar, e não menos importante, abordar a Monkeypox requer um compromisso político firme complementado por investimentos sólidos em saúde pública", salientou Hans Kluge, para quem a "transparência anda de mãos dadas com a confiança do público".

Recorde-se que o Monkeypox, da família do vírus que causa a varíola, é transmitido através de lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados.

O tempo de incubação é, geralmente, de sete a 14 dias, e a doença, endémica na África Ocidental e Central, dura, em média, duas a quatro semanas.

[Notícia atualizada às 17h31]

Leia Também: Monkeypox: Investigador do INSA defende proteção para grupos de risco

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