"Há combates nos subúrbios" da cidade, acrescentou o presidente ucraniano, durante uma conferência de imprensa com o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, em Kyiv.
Ocupar Lisichansk, na zona leste da Ucrânia, permitiria ao Kremlin controlar toda a região de Lugansk, assim como avançar sobre as já ameaçadas cidades de Sloviansk e Kramatorsk, duas importantes cidades controladas pela Ucrânia na zona industrial do Donbass.
"Há riscos de que a região de Lugansk fique completamente ocupada. Há riscos e nós compreendemos isso", acrescentou Zelensky, referindo que Lisichansk representa "a maior e mais perigosa situação" para a Ucrânia.
O presidente ucraniano admitiu que Kyiv não tem "vantagem" naquela cidade.
"É o nosso ponto fraco, mas noutros locais estamos a avançar", frisou.
Hoje, o ministro da Defesa russo disse que o exército russo controlava agora toda a região do Lugansk, após a conquista de Lisichansk, cidade que tem sido palco de combates intensos entre as duas forças.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de oito milhões de pessoas, das quais mais de 6,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
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