"A etiqueta diplomática não prevê fugas unilaterais de [tais] conversas", observou o ministro russo Sergei Lavrov, durante uma viagem ao Vietname.
A tensa conversa telefónica de nove minutos entre o presidente francês, Emmanuel Macron, e o presidente russo, Vladimir Putin, foi transmitida num documentário do canal francês France 2 e mostrou a tentativa de mediação do chefe de Estado francês para evitar a escalada do conflito, quando a Rússia estava a ser acusada de preparar uma ofensiva na Ucrânia, mas que negava repetidamente.
Lavrov declarou ainda que a Rússia não tem razões para se envergonhar do conteúdo da conversa entre os dois líderes.
"Sempre conduzimos as negociações de forma que nunca tenhamos de nos envergonhar. Dizemos sempre o que pensamos, estamos prontos para responder pelas nossas palavras e explicar a nossa posição", disse Lavrov.
A invasão russa em 24 de fevereiro - justificada pelo presidente russo pela necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
Leia Também: AO MINUTO: Donetsk apela à fuga; Altos custos após conquista de Lugansk