"Todos nós recebemos esta notícia com tristeza. Não só eu, mas também toda a sociedade ucraniana que simpatiza muito consigo", disse Zelensky a Johnson, antes de insistir no reconhecimento dos ucranianos pelo apoio prestado pelo primeiro-ministro britânico no contexto da invasão russa, segundo um comunicado da Presidência ucraniana.
De acordo com uma nota informativa do Governo britânico, Boris Johnson respondeu à mensagem de Zelensky com o compromisso de "um sólido apoio do Reino Unido" à resistência face à invasão russa, iniciada em 24 de fevereiro.
Segundo Downing Street, Johnson "destacou o apoio inabalável de todos os partidos ao povo do Presidente Zelensky", garantindo que o Reino Unido "continuará a fornecer ajuda defensiva vital, pelo tempo que for necessário".
Zelensky aproveitou para elogiar o esforço pessoal de Boris Johnson, agradecendo o seu empenho desde o primeiro momento da invasão russa.
"Não temos dúvidas de que o apoio do Reino Unido continuará, mas a sua liderança pessoal e carisma tornaram-no especial", disse o líder ucraniano.
A conversa telefónica também serviu para os líderes conversarem sobre a cooperação militar e política entre os dois países e sobre as negociações para desbloquear as exportações de cereais dos portos ucranianos, disse a Presidência ucraniana.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, demitiu-se hoje da liderança do Partido Conservador, mas disse que se manterá na chefia do Governo até à eleição de um novo líder dos conservadores, apesar das vozes de dentro e fora do partido para que deixe já o executivo.
A demissão do líder conservador, de 58 anos, que assumiu o cargo de primeiro-ministro do Reino Unido em julho de 2019, ocorreu após a saída de dezenas de membros do seu executivo e de uma sucessão de escândalos.
Depois de David Cameron, em 24 de junho de 2016, e de Theresa May, em 24 de maio de 2019, Johnson é o terceiro primeiro-ministro conservador a demitir-se em apenas seis anos.
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