"Vários terroristas foram avistados num local utilizado pelo Hezbollah na região de Froun, no sul do Líbano, e a força aérea efetuou um ataque contra os suspeitos", declarou o exército em comunicado.
Anteriormente, o exército tinha anunciado que tinha "eliminado" um oficial do movimento islamita libanês num "ataque de precisão" no sul do Líbano.
Na segunda-feira, o secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem, tinha exigido a retirada definitiva do exército israelita do território libanês e defendeu que, se a situação continuar como está agora, "a ocupação deve ser confrontada".
A exigência de Qassem surge depois de o exército israelita ter mantido soldados em cinco postos para além da data estabelecida no acordo de cessar-fogo de novembro.
"Se a ocupação israelita continuar, deve ser enfrentada pelo exército, pelo povo e pela resistência, enquanto outros querem a libertação através da diplomacia", frisou.
Qassem recordou que foi a resistência que expulsou o inimigo do sul do Líbano em 2000, numa referência à retirada israelita nesse ano, após a invasão desencadeada em 1982.
O Hezbollah "mantém o compromisso com o acordo" de cessar-fogo e criticou o facto de "o inimigo o estar a violar", razão pela qual apelou ao Governo libanês para que tome uma posição mais firme para conseguir a retirada das tropas israelitas, segundo o canal de televisão libanês Al Manar, ligado ao grupo.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, indicou ter dito à coordenadora especial da ONU para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert, que o Irão "está a contrabandear dinheiro para o Hezbollah restaurar o seu poder".
"O Líbano tem uma oportunidade de escapar à ocupação iraniana", afirmou Saar na conta pessoal na rede social X.
As autoridades libanesas argumentaram, após o incumprimento por parte de Israel da sua obrigação de se retirar completamente do sul do Líbano ao abrigo do cessar-fogo, que qualquer presença do exército israelita era "uma ocupação", anunciando, depois, que iriam solicitar a intervenção do Conselho de Segurança da ONU.
Desde então, argumenta Beirute, o governo israelita não cumpriu os seus compromissos.
O exército israelita já tinha sublinhado que as forças armadas permaneceriam estacionadas em cinco "postos estratégicos" no sul do Líbano, algo que o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, enquadrou como um esforço para "garantir a proteção das comunidades do norte [do país]", perante a condenação de grande parte da comunidade internacional.
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