Funcionários do departamento anunciaram hoje os cortes, levantando questões sobre a capacidade da agência de continuar as operações normais, noticiou a agência Associated Press (AP).
Os despedimentos fazem parte de uma drástica redução de pessoal liderada por Trump, que procura reduzir a presença do governo federal.
Espera-se que milhares de empregos sejam cortados no Departamento de Assuntos de Veteranos, na Administração da Segurança Social e noutras agências.
O departamento está também a rescindir contratos de arrendamento de edifícios em cidades como Nova Iorque, Boston, Chicago e Cleveland, adiantou Rachel Oglesby, chefe de gabinete do departamento.
Esta responsável disse que as mudanças não afetariam o Gabinete de Direitos Civis da agência ou as suas funções determinadas pelo Congresso, como a distribuição de ajuda federal às escolas.
A secretária da Educação, Linda McMahon, disse aos funcionários para se prepararem para cortes profundos num memorando emitido em 03 de março, dia em que foi confirmada pelo Senado.
McMahon frisou que a "missão final" do departamento era eliminar o inchaço burocrático e transferir a autoridade da agência para os estados.
O departamento enviou hoje um e-mail aos funcionários a informar que a sua sede em Washington e os gabinetes regionais estariam encerrados na quarta-feira, com acesso proibido, antes de reabrir na quinta-feira.
A única razão apresentada para os encerramentos foram "razões de segurança", não especificadas.
Trump fez campanha com a promessa de fechar o departamento, dizendo que tinha sido tomado por "radicais, fanáticos e marxistas".
Na audição de confirmação de McMahon, esta reconheceu que apenas o Congresso tem o poder de abolir a agência, mas disse que pode sofrer cortes e uma reorganização.
Ainda não se sabe se os cortes serão sentidos pelos estudantes norte-americanos --- como temem os democratas e os defensores.
Já existem preocupações de que a agenda da administração tenha deixado de lado alguns dos trabalhos mais fundamentais da agência, incluindo a aplicação dos direitos civis para estudantes com deficiência e a gestão de 1,6 mil milhões de dólares em empréstimos federais para estudantes.
McMahon disse aos legisladores na sua audição que o seu objetivo não é cortar o financiamento dos programas principais, mas torná-los mais eficientes.
Mesmo antes dos despedimentos, o Departamento de Educação estava entre as agências mais pequenas de nível ministerial.
A sua força de trabalho incluía 3.100 pessoas em Washington e mais 1.100 em escritórios regionais em todo o país, de acordo com o 'site' do departamento.
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