Ex-presidente da Moldova apela ao derrube do Governo e a novas eleições

O ex-presidente moldavo, o socialista pró-russo Igor Dodon, defendeu hoje o derrube do Governo liderado pelo pró-europeu Partido Ação e Solidariedade (PAS), e a convocação de eleições antecipadas no país, face à deterioração da situação económica.

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Lusa
11/07/2022 15:15 ‧ 11/07/2022 por Lusa

Mundo

Moldova

Dodon, que presidiu à Moldova entre 2016 e 2020 e se encontra em prisão domiciliária desde finais de maio, sugeriu o derrube do partido no poder na sua conta na rede social Telegram.

O ex-presidente é acusado de corrupção passiva, financiamento de uma organização criminosa pelo Partido Socialista enquanto dirigiu esta formação política, traição e enriquecimento ilícito.

"Há exatamente um ano, os cidadãos da Moldova votaram pelo partido que se tornou no mais enganador e incompetente da história da República da Moldova", assinalou Dodon, derrotado na segunda volta das presidenciais de novembro de 2020 pela liberal pró-europeísta Maia Sandu.

Nas eleições parlamentares de julho de 2012, o bloco socialista liderado por Dodon e o Partido Comunista foi derrotado pela Ação e Solidariedade de Sandu, que garantiu 63 dos 101 lugares do Parlamento, garantindo maioria absoluta.

Segundo Dodon, entre 2021 e 2022 o PAS "não fez nada de bom, não garantiu um único avanço positivo importante e que as pessoas sintam através do aumento dos salários e do seu nível de vida".

"Pelo contrário a situação degrada-se cada vez mais, mês após mês, os preços sobem, a inflação desvaloriza cada vez mais salários e pensões (...) e a lei é tão seletiva que permite o abuso como nos tempos do regime de Plahotniuc".

Dodon refere-se ao oligarca Vladimir Plahotniuc, alvo de um mandado de captura internacional por corrupção e que liderou o Partido Democrata da Moldova entre 2016 e 2019.

"Hoje, Sandu e o PAS têm o poder absoluto no país, mas para os cidadãos e para toda a Moldova estes tempos são piores que nunca", susteve ainda o político pró-russo.

Leia Também: Putin facilita atribuição da cidadania russa a todos os ucranianos

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