Dodon, que presidiu à Moldova entre 2016 e 2020 e se encontra em prisão domiciliária desde finais de maio, sugeriu o derrube do partido no poder na sua conta na rede social Telegram.
O ex-presidente é acusado de corrupção passiva, financiamento de uma organização criminosa pelo Partido Socialista enquanto dirigiu esta formação política, traição e enriquecimento ilícito.
"Há exatamente um ano, os cidadãos da Moldova votaram pelo partido que se tornou no mais enganador e incompetente da história da República da Moldova", assinalou Dodon, derrotado na segunda volta das presidenciais de novembro de 2020 pela liberal pró-europeísta Maia Sandu.
Nas eleições parlamentares de julho de 2012, o bloco socialista liderado por Dodon e o Partido Comunista foi derrotado pela Ação e Solidariedade de Sandu, que garantiu 63 dos 101 lugares do Parlamento, garantindo maioria absoluta.
Segundo Dodon, entre 2021 e 2022 o PAS "não fez nada de bom, não garantiu um único avanço positivo importante e que as pessoas sintam através do aumento dos salários e do seu nível de vida".
"Pelo contrário a situação degrada-se cada vez mais, mês após mês, os preços sobem, a inflação desvaloriza cada vez mais salários e pensões (...) e a lei é tão seletiva que permite o abuso como nos tempos do regime de Plahotniuc".
Dodon refere-se ao oligarca Vladimir Plahotniuc, alvo de um mandado de captura internacional por corrupção e que liderou o Partido Democrata da Moldova entre 2016 e 2019.
"Hoje, Sandu e o PAS têm o poder absoluto no país, mas para os cidadãos e para toda a Moldova estes tempos são piores que nunca", susteve ainda o político pró-russo.
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