Biden "determinado" a ir mais longe na luta contra a violência armada

O Presidente dos EUA, Joe Biden, assegurou segunda-feira que está "determinado" a ir mais longe na luta contra a violência armada e a proibir novamente a venda de armas de assalto que transformam o país em "campos de batalha".

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© Drew Angerer/Getty Images

Lusa
12/07/2022 06:56 ‧ 12/07/2022 por Lusa

Mundo

EUA

O chefe de Estado falava na Casa Branca durante a cerimónia de assinatura de uma lei destinada a fortalecer a regulamentação das armas de fogo, a mais importante em quase 30 anos, aprovada graças ao acordo entre democratas e republicanos.

No entanto, Biden lembrou que esta continua muito aquém das suas ambições nesta matéria.

A votação deste projeto de lei, possível graças aos votos de vários senadores republicanos, ocorreu após dois tiroteios em grande escala que chocaram o país.

"[Esta lei] Prova que podemos, apesar dos derrotistas, fazer progressos significativos contra a violência com armas de fogo", apontou Biden, citado pela agência France-Presse (AFP).

O governante apelou para que este movimento seja "galvanizado" após os repetidos tiroteios "em escolas, locais de culto, de trabalho, lojas, festivais de música, bares e tantos outros lugares do quotidiano que se transformaram em campos de batalha".

As espingardas semiautomáticas do tipo AR-15, muito utilizadas em massacres nos últimos anos, foram proibidas entre 1994 e 2004, lembrou o democrata.

"Estou determinado em banir essas armas novamente, assim como os carregadores de alta capacidade [que podem] disparar centenas de balas em minutos", acrescentou.

O Presidente norte-americano defendeu também uma lei que puna os proprietários de armas que não as armazenam num cofre trancado.

"Se você tem uma arma, você tem a responsabilidade de protegê-la e mantê-la trancada", realçou, contando ainda que tem quatro armas, duas suas e duas do seu filho falecido e que estão "trancadas a sete chaves".

Joe Biden foi interrompido durante a cerimónia pelo pai de uma das vítimas do tiroteio na escola de Parkland (Florida), em 2018.

Manuel Oliver, pai de Joaquín Oliver, levantou-se na plateia para alertar o presidente de que a iniciativa é insuficiente para acabar com a violência relacionada às armas.

"Sente-se. Ouça o que tenho a dizer. Deixe-me terminar o discurso", retorquiu o democrata desde o púlpito.

Ainda assim, devido à insistência de Oliver, os serviços de segurança acabaram por expulsar o manifestante do ato.

O debate sobre a posse de armas nos EUA reabriu-se nas últimas semanas depois do tiroteio em 24 de maio em uma escola de Uvalde, no Estado do Texas, onde morreram 19 crianças e duas professoras, e de um ataque supremacista branco em 14 de maio, em Buffalo, no Estado de Nova Iorque, que provocou 10 mortes.

Já em 04 de julho, durante o desfile do Dia da Independência em Highland Park, uma cidade ao norte de Chicago, um homem disparou sobre os participantes, matando sete deles e ferindo outros 39.

Quase 400 milhões de armas de fogo estão em circulação nos Estados Unidos.

De acordo com o Gun Violence Archive, que inclui suicídios nos seus dados, mais de 23.200 pessoas foram mortas por armas de fogo desde o início do ano.

Leia Também: ONG alerta para tecnologia de ensino que recolhe dados de crianças

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