Senado aprova novo diretor da agência reguladora de armas de fogo nos EUA

O Senado dos Estados Unidos confirmou esta terça-feira a nomeação do candidato escolhido pelo Presidente Joe Biden para liderar a principal agência reguladora das armas de fogo, que se encontrava há sete anos sem diretor permanente.

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Lusa
13/07/2022 07:18 ‧ 13/07/2022 por Lusa

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Estados Unidos

Steve Dettelbach é o novo responsável do Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF), sendo que a confirmação da nomeação surge após uma série de tiroteios que chocaram os Estados Unidos.

O ex-procurador, de 56 anos, foi confirmado para o cargo pelo Senado com 48 votos a favor, incluindo de dois republicanos, e 46 contra,

Dettelbach terá a seu cargo 5.000 funcionários, metade dos quais são investigadores especializados, em particular em perícia balística.

A agência também tem a missão de regular a indústria de armas, controlada pelo poderoso lobby da Associação Nacional de Armas (NRA, na sigla em inglês).

"Depois de anos de bloqueio do lobby das armas, o Senado finalmente confirmou um diretor permanente na ATF", salientou o senador democrata Chuck Schumer, em comunicado.

"Mesmo que não seja a panaceia contra a epidemia de violência por arma de fogo que reina no país", a chegada de Steve Dettelbach vai permitir mobilizar todas as forças federais contra este flagelo, acrescentou.

Quase 400 milhões de armas de fogo estão em circulação nos Estados Unidos.

De acordo com o Gun Violence Archive, que inclui suicídios nos seus dados, mais de 23.200 pessoas foram mortas por armas de fogo desde o início do ano.

Joe Biden tinha nomeado originalmente David Chipman, um ex-agente especial visto como um defensor de regras mais rígidas sobre armas, para liderar a ATF, mas em setembro o chefe de Estado retirou essa candidatura, por falta de apoio de todos os demonstras eleitos na Câmara alta.

Este revés foi visto como um sinal da influência persistente da NRA, que se mobilizou fortemente contra a nomeação de David Chipman.

O debate sobre a posse de armas nos EUA reabriu-se nas últimas semanas depois do tiroteio em 24 de maio em uma escola de Uvalde, no Estado do Texas, onde morreram 19 crianças e duas professoras, e de um ataque supremacista branco em 14 de maio, em Buffalo, no Estado de Nova Iorque, que provocou 10 mortes.

Já em 04 de julho, durante o desfile do Dia da Independência em Highland Park, uma cidade ao norte de Chicago, um homem disparou sobre os participantes, matando sete deles e ferindo outros 39.

Biden assinou na segunda-feira uma lei destinada a fortalecer a regulamentação das armas de fogo, a mais importante em quase 30 anos, aprovada graças ao acordo entre democratas e republicanos.

Leia Também: EUA querem maior presença no Pacífico para combater influência chinesa

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