O secretário de Estado norte-americano "convidou a família para uma reunião nos Estados Unidos e para um contacto direto com ele", avançou o conselheiro da Casa Branca para os assuntos de Segurança Nacional, Jake Sullivan, em declarações aos jornalistas a bordo do avião presidencial Air Force One, pouco antes da chegada do Presidente norte-americano, Joe Biden, a Israel para uma visita oficial.
No passado dia 08 de julho, a família de Shireen Abu Akleh, que tinha nacionalidade norte-americana e palestiniana, tinha solicitou uma reunião com Biden durante a visita deste à região. Na mesma ocasião, a família da jornalista da Al Jazeera acusou Washington de encobrir o assassinato.
"Nós, a família de Shireen Abu Akleh, escrevemos-lhe para expressar a nossa dor, indignação e sentimento de traição pela resposta abjeta do seu Governo ao assassínio extrajudicial da nossa irmã e tia pelas forças israelitas em 11 de maio de 2022", assinalou a família na missiva enviada a Biden.
Na mesma carta, os familiares também criticaram fortemente as conclusões da investigação norte-americana à morte da repórter.
De acordo com um comunicado do Departamento de Estado norte-americano, divulgado em 04 de julho, a análise de peritos norte-americanos à bala que matou a jornalista não chegou a nenhuma conclusão definitiva sobre a origem do projétil.
A morte da jornalista veterana ocorreu durante uma incursão de tropas israelitas na cidade de Jenin, e tanto os meios de comunicação internacionais como as investigações das Nações Unidas descartaram a teoria israelita de que Abu Akleh poderia ter sido atingida por tiros de milícias palestinianas.
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