"Há um entendimento de que este processo não será rápido, mas há uma vontade geral de que não demore mais do que um mês", afirmou a fonte citada pela agência russa RIA Novosti.
Em caso de consenso, a Turquia e a ONU supervisionarão a adoção do mecanismo acordado, acrescentou.
"O principal agora é chegar a um consenso e formar um centro de controlo operacional em Istambul", disse a mesma fonte.
Representantes da ONU, Rússia, Ucrânia e Turquia iniciaram hoje, em Istambul, conversações para tentar retomar a exportação de cereais ucranianos, cujo bloqueio devido à guerra ameaça criar uma crise alimentar global.
O encontro começou pouco depois do início da tarde (hora local), disse uma fonte oficial turca à agência francesa AFP.
De acordo com a agência RIA Novosti, há "grandes expectativas" das partes envolvidas no sentido de se chegar a um entendimento conjunto na reunião e o ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, também já disse estar confiante que será hoje alcançado um acordo.
As conversações visam estabelecer corredores seguros através do Mar Negro para enviar os cereais ucranianos para os mercados internacionais.
Mais de 20 milhões de toneladas de grãos e sementes de girassol estão bloqueados nos portos ucranianos do Mar Negro, na sequência da guerra iniciada pela Rússia em 24 de fevereiro.
Numa reunião em que tanto Moscovo como Kiev farão exigências, a Rússia manifestará o seu desejo de controlar e inspecionar os portos ucranianos para excluir o envio de armamento para a Ucrânia e evitar "provocações" do país vizinho, enquanto as autoridades ucranianas recusarão remover as minas marítimas que colocaram para proteger os respetivos portos, a menos que recebam garantias de segurança contra ataques russos.
Uma escolta internacional para os navios, possivelmente pela Turquia, é uma solução que está a ser considerada como solução.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) advertiu na terça-feira passada que centenas de milhões de pessoas estão em risco de "níveis críticos de fome" nos próximos meses, devido à crescente insegurança alimentar em África e no Médio Oriente, exacerbada pela guerra na Ucrânia.
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