Segundo o governo moçambicano, a decisão foi tomada tendo em conta os "laços históricos, de irmandade e solidariedade", entre os quais consta a "conjugação de esforços para a libertação" e "consolidação da independência" dos dois países, referiu Ludovina Bernardo, porta-voz do Conselho de Ministros.
Moçambique destacou ainda o papel de Eduardo dos Santos na "luta pela igualdade racial" e na "promoção do diálogo, estabilidade e paz entre os povos da região".
José Eduardo dos Santos morreu em 08 de julho, aos 79 anos, numa clínica em Barcelona, Espanha, após semanas de internamento e o Governo angolano decretou sete dias de luto nacional.
Eduardo dos Santos sucedeu a Agostinho Neto como Presidente de Angola, em 1979, e deixou o cargo em 2017, cumprindo uma das mais longas presidências no mundo, pontuada por acusações de corrupção e nepotismo.
Em 2017, renunciou a recandidatar-se e o atual Presidente, João Lourenço, sucedeu-lhe no cargo, tendo sido eleito também pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no Governo desde que o país se tornou independente de Portugal em 1975.
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